A cruz de Jesus e a servidão são temas da mensagem do padre Cláudio Pighin deste sábado (14/09)
Padre afirma que Jesus convida os seus fiéis a carregarem a sua cruz e segui-lo
Na mensagem deste sábado (14/09), o padre Cláudio Pighin, diretor da Escola de Comunicação Papa Francisco, reflete que a cruz deve ser um dos pontos de referência para entender a vida de fé dos cristão. Refletindo sobre o texto do evangelho de Marcos 8, 27-35, a Homilia também destaca a humildade e discernimento dos fiéis quanto às missões enviadas por Deus.
De acordo com padre Cláudio, a passagem citada está inserida em um contexto de perseguição aos cristãos. “Nero havia decretado perseguições a cristãos, matando muitos deles, e Jerusalém estava para ser destruída pelo Império Romano”, explicou.
Neste período, o padre afirma que surgiu um conflito entre os judeus convertidos a Jesus e os adeptos ao judaísmo por conta da crucificação de Jesus. Conforme declara padre Cláudio, muitos judeus acreditavam que o Messias, descrito no livro de Deuteronômio, reinaria na Terra com a sua majestade, diferente do que foi trajetória humilde de Jesus.
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“A crucificação era uma maldição divina, portanto, eles esperavam outro salvador, que manifestasse toda a sua majestade. Marcos, então, questiona os discípulos em relação ao Mestre, porque sabia que não era fácil aceitar Jesus crucificado, porque, para as multidões, era mais fácil seguir um Jesus que fazia milagre”, pondera.
Missão enviada por Deus
Na passagem bíblica destacada pelo padre Cláudio, Jesus adverte os discípulos para não contarem a ninguém que ele era o enviado por Deus e anuncia que sofrerá muitas coisas, como rejeição, prisão e será morto. Pedro, todavia, pede ao Mestre para se opor, no entanto, Jesus o repreende, dizendo: "Saia da minha frente, Satanás!"
Segundo o padre, Satanás significa “acusador, que afasta dos caminhos de Deus”. Por essa razão, Jesus havia sido duro com o seu apóstolo, pois não permitiria que ninguém o afastasse da missão dada por Deus.
Padre Cláudio Pighin diz que as pessoas esperam um salvador de acordo com os seus próprios anseios e grandiosidade, mas esquecem o que Jesus ensinou sobre a servidão.
“Nesse sentido, temos que sempre nos questionar até que ponto somos fiéis à missão que recebemos de Deus ou queremos fazer as nossas missões, confundindo com as de Deus. Jesus, porém, em tom imperativo, nos convida a segui-lo carregando a cruz. No tempo do nazareno, o Império Romano executava a pena de morte para os pobres com a cruz. Portanto, carregar a cruz e seguir a Jesus é aceitar o desafio de ser excluído, humilhado, para imitar o testemunho do mestre de que todos tem que se tratar como irmãos e irmãs”, conclui o padre.
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