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Usina da Paz recebe Aulão Pré-Enem e feira sustentável em Ananindeua

Empreendimento recém inaugurado tem estrutura para diversos tipos de serviços e eventos que podem reunir e agregar a comunidade

Emanuele Corrêa
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Neste sábado (6), a Usina da Paz de Ananindeua, localizada no Icuí-guajará, realiza duas programações, para além dos serviços diários que incluem esporte, lazer e leitura. Simultaneamente ocorrem o aulão preparatório para o Enem, com 150 pessoas, assistindo quatro aulas de 8h às 12h, e uma Feira sustentável, das 8h às 18h, com 35 barracas, só de mulheres moradoras do bairro e adjacências.

O espaço da UsiPaz traz possibilidades de lazer para a comunidade, mas também de empreendedorismo e educação. Esse caráter multidisciplinar é o que agrega a comunidade e que faz com que o projeto seja aceito e procurado, como diz o gerente-geral da usina do Icuí-guajará, Alex Melul.

"A usina funciona de terça a domingo. Temos cursos, esportes — que é o carro chefe —, as áreas de convivência. Hoje temos a feira, Enem e basquete. Abrimos hoje a biblioteca e brinquedoteca para que os pais que vem fazer o Enem deixem seus filhos aqui e fiquem tranquilos", disse Melul.

Sobre o atendimento e fluxo de pessoas, o gestor diz que aproximadamente 1,2 mil pessoas passam por dia na UsiPaz de Ananindeua e que além das atividades regulares, eventos como a feira itinerante proporcionam  o empreendedorismo, ajudam as mulheres a garantir uma renda, principalmente próximo ao final do ano.

"Quando temos o atendimento social, emissão de documentos e serviços de saúde, cursos atendemos de 800 a 1.200 pessoas por dia.  Hoje 150 pessoas assistindo aula e a feira é a primeira do mês, com 35 barracas com mulheres, uma maneira delas terem a renda para o final de ano", explicou.

image O aulão pré-Enem ajudou estudantes que estão se preparando para o exame (Thiago Gomes / O Liberal)

Robson Gurjão, professor doutor em química, reforça a necessidade de espaços como estes de interdisciplinaridade, além, é claro, de proporcionar aulas específicas a partir de um relativo que indicou onde os alunos paraenses de escolas públicas estavam com dificuldade no Enem.

"As aulas foram montadas em função do relatório de notas dos alunos. Na parte de ciências das naturezas os alunos de educação pública caíram bastante com as notas, assim como em redação. Então o objetivo é esse, tentar corrigir e elevar essa nota. Quanto a motivação está excelente. Os alunos estão motivados, com material, trazendo professores com experiência no Enem. Isso tem se repetido não só aqui, como no interior", contou o professor.

Sheila Souza, coordenadora do grupo mãos que criam, trabalha com 60 senhoras que fazem pinturas manuais em tecidos e outros materiais. Por outro lado, conta que esses espaços ajudam a expor os seus trabalhos, muitas vezes responsáveis por tirá-las da depressão.

"A gente estar aqui já é uma grande oportunidade de mostrar o nosso trabalho, é um meio das pessoas aumentaram a sua renda familiar. Cada uma sabe fazer uma pintura, crochê, essas senhoras tem muita experiência... É um projeto independente, mas somos assistidas pela Emater. Ajuda bastante ter outros eventos aqui, pelo fluxo de pessoas e possibilidade de vender nossos trabalho. Conhecer o nosso trabalho", disse.

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