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Paciente reencontra filha após dois meses internado

O reencontro foi possível por meio do Projeto Reconexão, do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), que visa minimizar angústias do período de hospitalização

Fabyo Cruz
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Depois de vivenciar um grave acidente, o pedreiro Gilson Carlos Damasceno, internado há mais de dois meses na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), pôde reencontrar a filha, Maria Alice, de 10 anos, no jardim da casa de saúde. O reencontro foi possível por meio do Projeto Reconexão, que visa minimizar angústias do período de hospitalização.

As lágrimas no rosto de  Gilson não esconderam a emoção sentida com a nova oportunidade de abraçar a primogênita. “Eu sinceramente não queria mais viver depois que sofri esse acidente, foi tudo tão difícil e ainda não está fácil”, comentou. “Ver a minha filha aqui agora me dá um novo ânimo, eu quero viver e sair dessa situação para retornar à vida por ela. Quando lembro da minha filha, as minhas forças são restauradas. Quero voltar para casa e ter uma rotina normal. Acredito que, se Deus quiser, vou conseguir”, disse ele.

Carlene de Mendonça, 38 anos, esposa e acompanhante de Gilson,  menciona o medo que teve de perder o marido após o acidente, considerado gravíssimo pelos especialistas. “Eu sempre falo para ele não desistir. Com certeza, vendo que ela está bem, ele vai ter mais ânimo para o tratamento, se alimentar ou tomar os remédios”, acredita. “Ele não pode desistir. Se chegamos até aqui, existe algo maior que não podemos explicar”, finaliza.

A emoção pode ser sentida também pelos profissionais que, diariamente, cuidam dos pacientes dentro da unidade. “Todo paciente é o amor de alguém, seja de um filho, uma mãe ou um irmão, mas há alguém lá fora que almeja a rápida recuperação. Nós, falando em nome de todos da equipe, que estamos aqui na ponta, debruçando esforços para cuidar da melhor maneira dos pacientes, podemos ver o quanto um único reencontro pode mudar tudo para melhor. Por isso, tanta felicidade e emoção”, pontuou Débora Lourinho, coordenadora da unidade de internação do HMUE. 

Reconexão

Criado no início deste ano, o projeto “Reconexão” leva os pacientes para ambientes diferentes das unidades de internação, a fim de minimizar angústias decorrentes do período de hospitalização. Gerenciado pelo Instituto de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde do Pará (Sespa), há 17 anos o Hospital Metropolitano é referência no Norte do Brasil para tratamento de traumas de altas complexidades e queimaduras e investe em ações humanizadas visando o bem-estar dos internados. Entre essas ações estão o “Cine Metrô”, que exibe filmes em enfermarias, o “Ressignificar”, que entrega mudas de plantas para pacientes que saem de alta e muitos outros

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