Sogra de lateral ex-Remo e Paysandu perde casa na tragédia no RS e jogador pede doações para vítimas

A tragédia climática no Rio Grande do Sul tem afetado milhões de pessoas em todo o estado do sul do país. Uma das vítimas do desastre foi a sogra e familiares do ex-Remo e Paysandu Igor Fernandes, que perderam tudo com as enchentes. Na última segunda-feira (6), o jogador usou as redes sociais para falar sobre a situação e pedir ajuda para os afetados pelo desastre.

Por meio de uma publicação no Instagram, Igor contou que a sogra, familiares e vizinhos tiveram as casas invadidas pela água no último sábado (4) e perderam tudo.

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"Eu, Igor, estou vindo aqui nesse momento devido às enchentes dos últimos dias no Rio Grande do Sul. Minha sofra, familiares próximos e vizinhança tiveram, no último sábado, suas casas completamente debaixo d’água e acabaram perdendo tudo, na cidade de São Leopoldo, bairro Vicentina", escreveu o jogador. 

Igor Fernandes na Curuzu treinando pelo Paysandu (Márcio Melo/Paysandu)

Felizmente, de acordo com a postagem, todos foram resgatados com vida. Agora, as pessoas tentam se recuperar da tragédia e precisam de ajuda com mantimentos, roupas e outros suprimentos. Por conta disso, Igor abriu uma vaquinha online para arrecadar fundos para ajudar a sogra, os familiares e outros afetados pelas enchentes. 

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"Qualquer quantia que alguém puder contribuir será muito útil para os moradores terem suprimentos para os próximos dias", pediu o meia. 

Igor Fernandes atua no Ferroviária-SP, adversário do Leão Azul na Série C. O lateral já defendeu a camisa do Paysandu, na temporada de 2023, e do Remo, em 2021. Pelo Papão, o jogador fez 18 jogos e não balançou as redes. Já com na equipe azulina, foram 30 partidas e também não marcou gols. 

Igor Fernandes treinando pelo Remo em 2021 (Samara Miranda / Remo)

Detalhes da tragédia

Segundo Igor, a sogra vive na cidade de São Leopoldo, mais especificamente no bairro Vicentino, um dos mais afetados do município pelas enchentes. Ele conta que a água começou a subir para dentro da casa no sábado e a rapidez com que a enchente pegou moradores da região de surpresa.

"No Sul são os diques de água que indicam a possibilidade de inundação. As estruturas estouraram à tarde e não dava pra ninguém sair de casa. A sorte é que algumas pessoas tinham barco ou jet-ski e conseguiram resgatar outros moradores e chamaram socorro. Na madrugada de sábado para domingo, continuou enchendo bastante e a água tampou casas inteiras, chegando perto do fio de eletricidade. Foi uma coisa muito feia que aconteceu", explicou.

Apesar disso, Igor falou que a sogra está abrigada e fora de perigo. Ele pede ajuda para que outras pessoas da região sejam resgatadas, já que o número de desaparecidos e desabrigados é muito grande.

"Minha sogra conseguiu sair da região, mas nem todos tiveram a mesma sorte. Sei, também, que muitos cachorros e gatos acabaram ficando. Como meus familiares estão bem, meu foco é ajudar outras pessoas. Eu estou longe, no Ferroviário, em Araraquara, mas estou reunindo amigos pra fazer uma vaquinha e levar suprimentos pras vítimas, como agasalhos, roupas de cama, fraldas pra crianças, roupas infantis. Busco ainda transporte para levar essas coisas", finalizou.

Tragédia no RS 

De acordo com as últimas atualizações da Defesa Civil, as chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul já deixaram 90 mortos e 132 desaparecidos, além de 361 feridos. Os temporais iniciaram no último 27 de abril e ganharam força nos últimos dias. Mais de 1,3 milhões de pessoas já foram afetadas, sendo que 155 mil estão desalojadas e 48 mil em abrigos.