Meia do Santos questiona jogos do Brasileirão em meio a tragédia no RS: 'Qual o preço de uma vida?'

Jogador destacou que este é um momento de 'reflexão' e união entre todos os setores da sociedade

Aila Beatriz Inete
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O Rio Grande do Sul enfrenta uma das maiores tragédias climáticas do país. Milhões de pessoas estão afetadas no estado por conta das chuvas e enchentes nas cidades gaúchas. Por conta disso, o Internacional, Grêmio e Juventude pediram à CBF (Confederação Brasileira de Futebol) a suspensão dos seus jogos do Brasileirão por pelo menos 20 dias. Nesta segunda-feira (6), o meia do Santos, Giuliano, apoiou os clubes e falou até em uma possível paralisação geral do campeonato por conta do desaste. 

"Qual o preço de uma vida? Será que um gol paga o preço de uma vida? Estádio cheio e as outras pessoas sofrendo", questionou o meia em entrevista para o programa Boleiragem do SportTV. 

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"É um momento de reflexão para nós, o povo brasileiro ama futebol. Mas até que ponto vale você não parar o futebol e deixar as pessoas sofrerem? Acho que é um momento de reflexão para o futebol brasileiro, de que temos que ser solidários. O futebol está em segundo plano. Temos que amar as pessoas, o ser humano. Não sei se a federação, os jogadores, os clubes... Mas acho muito válida uma parada. Não apenas para treinamento, mas para uma reconstrução psicológica dos jogadores, das pessoas que sofreram com isso até que a gente tenha condições de voltar com o campeonato", completou Giuliano.

Até o momento, a tragédia no Rio Grande do Sul já deixou 85 mortos e 134 desaparecidos, conforme as informações divulgadas pela Defesa Civil do Estado. Cerca de 85% da população em Porto Alegre está sem água e a prefeitura decretou racionamento. 

Giuliano, que já defendeu as cores do Grêmio e do Internacional, destacou a importância das correntes de ajudas que foram criadas e da mobilização das pessoas e jogadores de futebol. 

"Somos influência e exemplos. A partir do momento que nos posicionamos e nos juntamos, nós temos força, o país nos olha. A gente tem a capacidade, por meio da nossa imagem, de mandar uma mensagem positiva, um recurso. Juntar cestas básicas, dinheiro, doações. É um momento em que precisamos. A gente fica se colocando no lugar dessas pessoas. Imagina a dor, quando a água baixar, como é que vai ser? Nesse processo, precisamos de todos", ressaltou o meia. 

Nesta segunda-feira (6), a CBF anunciou a criação de uma plataforma de doações para ajudar as vítimas das chuvas no Rio Grande do Sul. A entidade do futebol brasileiro destinará R$ 1 milhão através da plataforma e mais R$ 1 milhão em medicamentos. Além disso, atletas como Pedro Scooby, Lucas Chumbo e um grupo de surfistas também se manifestaram para ajudar no regaste de pessoas e entrega de mantimentos. 

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