Mercado imobiliário está no auge, apontam corretores no Pará

Profissionais afirmam que municípios como Belém, Ananindeua e Salinas têm explosão de lançamentos e grandes demandas

Valéria Nascimento
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Neste domingo (27) se celebra o Dia do Corretor, e o segmento imobiliário está em franco crescimento no Pará. É o que afirmam experientes e bem-sucedidos corretores e empresários de imobiliárias na capital paraense.

Eles destacam que após os altos e baixos do período crítico da pandemia, o setor está aquecido com lançamentos de novos condomínios de alto padrão e de unidades estúdios, assim chamados os pequenos apartamentos, de 30 a 40 metros quadrados, para solteiros ou casais sem filhos, uma tendência atual.

Conhecedor do mercado em Belém, o dono da imobiliária Saran Imóveis, José Luis Saran dispara:o mercado está no auge, mas é preciso conhecer”. Milene Azevedo, dona da imobiliária Milene Azevedo Imóveis, compartilha da avaliação de Saran. Ela diz que o mercado não apresenta crise.

“As vendas de alto padrão são sucesso e os mercados de lotes e de condomínios horizontais também estão aquecidos e até mesmo a venda e aluguel de imóveis prontos, também. O mercado está bom como um todo”, diz Milene Azevedo.

Com 30 anos de atuação profissional, Reginaldo Chaves diz que desde o início de 2022 nota-se o crescimento do setor. "Principalmente com a volta das atividades presenciais, após o período triste da pandemia. Mas não somente isso. Fatores como linhas favoráveis de crédito, bons preços e taxas baixas de juros são vistos como os principais impulsionadores da retomada econômica agora em 2023”, observa o corretor de imóveis.

Lançamentos e tendências imobiliárias

De acordo com os profissionais, os lançamentos com alto padrão têm apartamentos com três suítes ou quatro suítes mais gabinete, três vagas de garagem. Condomínios existentes em bairros como Umarizal, Batista Campos e Nazaré de construtoras renomadas saem um atrás do outro e vendem bem.

Advogado e corretor de imóveis há 44 anos, em Belém, Armando Grello assinala: “o mercado está em crescimento para os empreendimentos de grande porte. São imóveis A, são poucos os imóveis B e C. É um mercado sempre em ascensão”.

Armando chama atenção para o fato de haver uma preferência por empreendimentos novos. “Hoje, as pessoas em Belém em vista de comprar um imóvel usado, com uma diferença de 20, 30%, optam por um imóvel novo. Além de você ter um imóvel novo, você tem o financiamento do mercado e os valores dos usados são relativamente altos”, disse.

Na capital paraense, há também os lançamentos de apartamentos pequenos de 30, 40 metros quadrados, os chamados apartamentos estúdios que são modernos, têm automação e são indicados para solteiros ou para casais sem filhos, uma tendência social e imobiliária.

Os apartamentos estúdios são construídos dentro de condomínios com alto padrão de acabamento e itens de lazer, como espaço gourmet, salões de festas com tamanhos variados para o morador ter opções para receber amigos e parentes. A pessoa tem a experiência de morar em bairro nobre da cidade, mas num apartamento para a realidade da renda dela.

Conforme os corretores, os apartamentos estúdios têm sido uma explosão no mercado de Belém. O novo nicho tem boa aceitação. No Pará, Salinas está ‘bombando’, dizem eles, com lançamentos de apartamentos e também com a venda de imóveis já prontos. Em Ananindeua há grande demanda por condomínios verticais, só para citar alguns municípios.

"O isolamento social (anos 2020 e 2021 da pandemia) fez com que as pessoas ficassem mais tempo em casa e passassem a valorizar algumas características nos imóveis diversas das que eram valorizadas antes da pandemia, como o tamanho maior das residências e a existência de espaço aberto ou área de varanda, por exemplo", destaca Reginaldo.

Ele tmbém apontou outra mudança no mercado: "a tendência do aumento de trabalho em regime home office, o que faz com que as pessoas não sintam mais a necessidade de morar perto dos locais de trabalho e possam comprar imóveis mais afastados dos centros urbanos”, aponta Reginaldo Chaves.

Informação e ética são valores básicos para corretores de sucesso

 

Vendedores, compradores e intermediadores de negócios, os profissionais entrevistados observam, na data em que destaca o ofício antigo de corretor de imóveis, que a profissão se moderniza e segue atual.

Eles dizem que para além da tecnologia – que possibilita a compra e venda de imóveis cem por cento digital -, não faltam pessoas que sentem maior segurança com a assessoria presencial de um profissional experiente, mas é necessário qualificação.

Para Milene, o cliente quer comprar de maneira segura e ser bem atendido. Por outro lado, diz ela, há muita concorrência. "Gente com material, conteúdo e estoque para ofertar, se o corretor não tiver a informação, o estudo e a velocidade, ele perde um cliente. Não adianta ter só informação e conteúdo, se ele não for veloz no retorno e não adianta ser veloz no retorno, mas não demonstrar preparo e, claro, ética”, frisa Milene Azevedo. “Sem ética, a pessoa se queima rápido no mercado”, dispara a empresária.

José Luis Saran é pragmático. O bom corretor, acho, que em primeiro lugar, tem de ser honesto com o cliente e conhecer a mercadoria que ele está oferecendo”.

Reginaldo Chaves concorda com Milene sobre a necessidade do bom corretor ter conhecimento e ética. “O corretor de imóveis além de ter que ser proativo e saber bem os anseios do seu cliente, tem que atentar para o mercado atual, o cenário mudou".

"Temos que nos adaptar cada vez mais ao digital, pois é lá que estão nossos futuros clientes. Além do que, os bons contratos são fruto do bom trabalho prestado com ética e muita transparência. Por fim, o corretor deve ter bastante resiliência para saber lidar com as crises econômicas que vez ou outra atingem o setor”, finaliza Chaves.

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