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Greve da Funpapa: fila se forma na Central do CadÚnico da Augusto Montenegro; vídeo

Servidores reivindicam melhores condições de trabalho, realização de concurso público e realinhamento da tabela salarial previsto no Plano de Cargos e Carreira da categoria

O Liberal
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Uma grande fila de pessoas em busca de atendimento se formou, na manhã desta segunda-feira (28), em frente à Central do Cadastro Único (CadÚnico), da Augusto Montenegro. Com a greve dos servidores da Fundação Papa João XXIII (Funpapa), o local foi fechado nas primeiras horas da manhã, enquanto beneficiários de programas sociais aguardavam do lado de fora. Porém, de acordo com pessoas ouvidas pelo Grupo Liberal, após a chegada da Guarda Municipal, o cadeado foi quebrado e o atendimento retomado, mas alguns beneficiários já tinham voltado para casa. 

Imagens mostram a fila nas primeiras horas do dia. De acordo com a Comissão de Comunicação do Sindicato das Trabalhadoras e Trabalhadores do Sistema Único da Assistência Social (SintSuas), o atendimento na Central do CadÚnico da Augusto Montenegro retornou, porque a maioria das pessoas que trabalha lá são contratadas e estão seguindo as ordens do governo municipal.

"Normalizou, mas de manhã estava a maior confusão devido ao fato deles estarem de greve. Eles não queriam atender, sendo que foi ordem da Funpapa e não deram detalhes do que seria a greve", declarou Natasha Ramos, que buscava atendimento para a tia e conseguiu a última senha. 

Outra pessoas ouvida pelo Grupo Liberal conta que chegou ao local por volta de 5h20 e já tinha gente que aguardava na fila deste as 3 horas da madrugada. "E quando vieram colocar a placa (de greve) aqui era 6 horas da manhã. Por que não avisaram a gente que estava na fila? Muita gente voltou e foi embora, ficou sem atendimento. Isso é uma falta de respeito com a população. Porque eles não avisaram a gente? Não tem guarda aí? poderiam te avisado a gente que ninguém tinha ido embora. Só depois que prometeram fechar é que apareceu gente de todo o lado", relatou. 

Deyse Penaforte, coordenadora da unidade. admitiu que o atendimento começou mais tarde em razão da mobilização do movimento grevista. “Mas depois nós organizamos, os usuários estão sendo atendidos normalmente. O que a gente pede é só a colaboração para que a gente possa se organizar, mas na unidade o atendimento está fluindo", declarou. Segundo ela, na unidade, nenhum servidor parou e o atendimento vai seguir normalmente ao longo da semana, porque estão no período de encerramento de prazos. 

A Funpapa é o órgão responsável pela implementação da política de assistência social no município de Belém. Os trabalhadores da Fundação paralisaram suas atividades por tempo indeterminado e reivindicam melhores condições de trabalho, realização de concurso público e realinhamento da tabela salarial previsto no Plano de Cargos e Carreira da categoria. 

Até as 8h40 da manhã desta segunda-feira, ainda de acordo com a Comissão de Comunicação do SintSuas, que representa a categoria, a Prefeitura de Belém ainda não tinha entrado em contato com a entidade para negociar o fim da greve. 

Em nota, a Prefeitura informou que há uma mesa de negociação coordenada pela Secretaria Municipal de Administração (Semad) e Secretaria Municipal de Controle, Integridade e Transparência (Secont) onde é deliberada todas as pautas de reivindicações. E que a uma comissão do sindicato está sendo recebida pelo secretário de Controle, Integridade e Transparência, Luís Araújo.

"Após a reunião, nesta segunda, 28, o Governo Municipal vai se manifestar sobre o caso. No entanto, a Prefeitura de Belém adianta que garante o cumprimento do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) de servidores da Fundação Papa João XXIII (Funpapa) e segue negociando com as entidades representativas da categoria, levando em conta, inclusive, a queda de arrecadação nas receitas municipais", diz a gestão municipal.

Ainda de acordo com a nota, o governo repassou aos servidores da Funpapa 5% de reajuste, "além do que havia sido garantido a servidores do município com remuneração abaixo do salário mínimo. Em 2023, foi repassado o correspondente à inflação de 2022 aos trabalhadores de nível superior".

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Também em comunicado enviado ao Grupo Liberal, a Funpapa ressaltou que todos os espaços que gere estão abertos e em funcionamento normal. "Alguns com capacidade reduzida em virtude da paralisação dos servidores, conforme foi informado pelo sindicato da categoria".

"Aqueles que não puderem ser atendidos serão reagendados e encaminhados conforme a necessidade e urgência. A direção da Funpapa destaca que há uma mesa de negociação coordenada pela Secretaria Municipal de Administração (Semad) e Secretaria Municipal de Controle, Integridade e Transparência onde é deliberada todas as pautas de reivindicações. Informamos ainda que uma comissão do sindicato está sendo recebida pelo secretário de Controle, Integridade e Transparência, Luis Araújo", finaliza a nota.

Além do Cadastro Único, a Funpapa também responde pelos Centros de Referência da Assistência social (CRAS), Centros de Referencia Especializados (CREAS), Espaços de Acolhimento (abrigos) , Centro de Atendimento a moradores de Rua e Centro DIA. Segundo o Sindicato da categoria, ao todo, 631 servidores efetivos trabalham nesses locais e ainda na sede administrativa e almoxarifado da Fundação. 

Greve continua nesta terça-feira (29)

Após a reunião, o Sindicato das Trabalhadoras e Trabalhadores do Sistema Único da Assistência Social (Sintsuas), que representa a Funpapa, decidiu manter a greve. Segundo informações da direção do sindicato, no encontro com a Secont, o titular da pasta afirmou que foi necessário suspender o acordo firmado, pois não foi possível arrecadar subsídios financeiros para o realinhamento financeiro.

O Sintsuas argumentou que não deve ter tido uma análise da proposta dos servidores, pois eles afirmam saber que podem usar 60% do orçamento que vem do governo federal para questões salariais. Devido a isso, decidiram continuar com a greve. O grupo deve ser reunir em frente a Central do Cadastro Único da avenida Augusto Montenegro nesta terça-feira (29). 

Quanto a necessidade de concurso público, o Sintsuas disse que foi reforçado a carência, mas informado de que não há previsão para um novo concurso. Não houve agendamento de uma nova reunião e os servidores insistem em uma resposta do prefeito.

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