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Economia de baixo carbono é tema de mais uma edição da live Liberal Mobiliza; assista

Encontro recebeu o engenheiro florestal e gerente de Meio Ambiente da Vale, Leonardo Neves; e o economista Sérgio Luiz de Medeiros Rivero, professor e pesquisador da Faculdade de Economia da Universidade Federal do Pará

Abilio Dantas

Os desafios para alcançar modelos de sociedade sustentável, com geração de emprego e renda e crescimento econômico, foram tema da live Liberal Mobiliza na tarde desta quarta-feira (12), transmitida pelo portal O Liberal.com e pelas redes sociais do Grupo Liberal. Com início às 16h, a edição “Caminhos para uma economia de baixo carbono” recebeu como convidados o engenheiro florestal e gerente de Meio Ambiente da Vale, Leonardo Neves; e o economista Sérgio Luiz de Medeiros Rivero, professor e pesquisador da Faculdade de Economia da Universidade Federal do Pará (UFPA). O jornalista Evandro Flexa Jr., editor-coordenador do núcleo de Política e Economia do Grupo Liberal, mediou o encontro.

O evento iniciou com a explicação sobre os significados da economia de baixo carbono, suas principais características e particularidades, explanação que foi feita pelo economista Sérgio Rivero.

“Todas as atividades econômicas utilizam energia e, eventualmente, produzem resíduos. Quando você dirige um automóvel, por exemplo, você emite carbono como parte dos gases emitidos. Fazer uma economia de baixo carbono é mudar as atividades de forma que elas reduzam esse resíduo ou não emitam nada ou, ainda, que elas retirem carbono da atmosfera, além de não emitir. Por exemplo, no caso da pecuária, ter uma área de pastagem com árvores plantadas e não fazer a pastagem em campo aberto”, conceituou.

A emissão de carbono junto a outros gases, de acordo com o professor, é a principal causa de problemas que levam às mudanças climáticas, que devem trazer grandes impactos ao planeta a longo prazo.

“A produção de energia elétrica, a área de transportes e a produção industrial são os maiores produtores de gás carbônico globalmente. Deixar de ter usinas de produção de energia que usam carvão ou óleo diesel e passar a ter usinas que utilizam energia eólica e energia solar é uma parte da solução. A outra parte, por exemplo, pode ser mudar o sistema de transportes de forma que a maior parte dele não seja de veículos individuais movidos por gasolina e sim de transportes coletivos que utilizem eletricidade, por exemplo. Ou, então, fazer com que as pessoas andem mais de bicicleta. Essas mudanças geram a redução, portanto são fontes importantes para isso”, afirmou Rivero.

No Brasil, a maior porcentagem da emissão de gás carbônico é resultado do desmatamento. “No nosso caso, a principal mudança é acabar com o desmatamento da Amazônia”, destacou também o professor.

O gerente de Meio Ambiente da Vale, Leonardo Neves, iniciou sua participação defendendo a veracidade da informação de que a temperatura do globo terrestre sofreu aumentos consideráveis.

“A partir disso, inúmeros países se reuniram e criaram protocolos, por meio das convenções do meio ambiente, como foi o caso do Protocolo de Kyoto que, mais tarde, em 2015, foi regulamentado através do Acordo de Paris. Nesse momento, com o Acordo de Paris, foi colocado que era fundamental que não só os governos, mas também as empresas, organizações e a própria população tomassem iniciativas para que o aumento da temperatura fosse controlado e, mais objetivamente, que as emissões fossem, então, reguladas”, explicou.

As grandes empresas que são signatárias do Acordo de Paris, como é o caso da Vale, passaram a seguir um rito no modo de trabalhar, segundo o gerente. “O passo a passo inicia no entendimento de quais são as suas formas de geração de poluentes. Dentro de cada área existem diferentes formas de emissão. A partir de inventários, devem ser estabelecidas metas de reduções para que seja possível chegar a 2030 ou 2050 com índices de emissões dentro do aceitável, de forma que esses gases, que podem causar uma série de danos à indústria pesqueira, à indústria hoteleira e a meios de transporte, como ferrovias, por exemplo, sejam controlados”, estimou.

Segundo estudo da Environmental Defense Fund (EDF), apenas nos Estados Unidos, o setor de energias renováveis tem criado empregos 12 vezes mais rápido que os demais setores da economia. No mundo, o setor de energias renováveis emprega ao ano mais de 8,1 milhões de profissionais. Os países com o maior número de empregos no setor são China, Brasil, os Estados Unidos, Índia, Japão e Alemanha.

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