Cesta básica paraense tem 9 de 12 produtos mais caros, veja quais 

Pesquisa do Dieese aponta cesta básica no valor de cerca de R$ 680, mais da metade do salário mínimo (R$ 1.412)

Valéria Nascimento e Maycon Marte
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Neste ano de 2024, pelo quarto mês consecutivo, a cesta básica paraense voltou a subir de preço, alcançando em abril passado cerca de R$ 681,45. Um aumento de 2,9% em relação ao valor de março deste ano, quando custou R$ 667,53. Os dados divulgados, nesta terça-feira (7), em Belém, são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), uma instituição de pesquisa e assessoria do movimento sindical.

O Dieese aponta que, no mês passado, mais da metade dos 12 produtos básicos da cesta básica dos paraenses apresentaram aumentos de preços. Os destaques ficaram para o café (alta de 9,76%); tomate (alta de 5,79%); banana (5,78%); leite (5,38%); manteiga (3,50%); açúcar (1,77%); farinha de mandioca (0,64%).

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Na lista dos vilões da cesta, constam ainda o pão com alta de 0,26% e a carne bovina com alta de 0,19%. Poucos alimentos básicos apresentaram recuos de preços no mês de abril, entre eles, são citados o feijão com queda de 6,38%, seguido do arroz com queda de 1,85% e o óleo de soja com redução de 1,64%.

De janeiro a abril aumento de 5,58%

O levantamento do Departamento Intersindical registra que o custo da alimentação básica dos paraenses, entre janeiro e abril de 2024, acumula alta de 5,58% superando a inflação estimada em torno de 2% para o mesmo período.

Nos quatro primeiros meses deste ano, diz o supervisor técnico do Dieese, Everson Costa, os produtos que mais tiveram aumento de preço foram o arroz com reajuste expressivo de 20,10%, seguido da banana com alta de 12,39%; feijão com alta de 11,98%; café com alta de 10,98%; tomate com a alta de 9,05%; farinha de mandioca (6,74%); manteiga (5,29%); e o óleo de soja (4,4%); leite (2,98%); carne bovina (0,93%) e o pão (0,70%). No período analisado, apenas o açúcar apresentou um pequeno recuo de 0,31%.

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No Balanço Nacional, as pesquisas do Dieese mostram que, no mês passado, a capital São Paulo foi a que apresentou o maior valor da alimentação básica chegando a R$ 822,84; já o menor valor apurado foi registrado em Aracaju com o custo total de R$ 582,11. No ranking, Belém registrou o 12º maior valor da cesta básica entre as demais capitais pesquisadas.

O presidente da Associação Paraense de Supermercados (Aspas), Jorge Portugal, pondera que a formação de preço dos produtos considera, entre outras coisas, a antiga lei da oferta e da procura. “Por exemplo, o café teve redução de oferta e então ele teve aumento. Já o feijão foi outra situação, ele esteve em baixa, mas aí vem a questão da safra. Agora, o feijão vem muito do nordeste, começou a chegar mais feijão e ele começou a baixar de preço”, disse o supermercadista.

"Nós tínhamos feijão de R$ 9, o quilo, mas hoje já está em torno de R$ 6,90”, explicou Jorge Portugal. Ele observou que o leite também apresentou queda de preço este ano, mas disse que a crise que afeta o Rio Grande do Sul vai impactar negativamente sobre o preço do leite, que deve subir no Pará, porque a região sulista contribui com o fornecimento de leite no Norte.

Para o autônomo, Domingo Sávio, os preços têm subido regularmente. “Eu fui ver o preço da alface segunda-feira, era R$ 4; hoje (terça-feira), já achei por R$ 4, 50. “Todos os supermercados têm subido os preços. O arroz era R$ 6, 50, agora já está sete e pouco. O feijão, o arroz, principalmente, estão subindo cada vez mais”, disse o trabalhador.

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