Por oito dias, idoso sobrevive comendo cupins e bebendo urina; entenda a história
Devido ao seu estado debilitado, ele precisou ser colocado em uma maca e foi encaminhado para um hospital municipal. Atualmente, ele já recebeu alta
Um idoso de 82 anos foi encontrado pela família após passar oito dias desaparecido, em uma região de mata em Goiás (GO). José Arteiro Ribeiro havia saído para caçar quando se perdeu. As buscas pelo Corpo de Bombeiros haviam sido encerradas, mas seus 11 filhos não desistiram e o encontraram no último domingo (18).
Segundo seu filho, André Ribeiro, de 39 anos, Ribeiro estava na companhia de dois amigos em uma fazenda no município de Vila Propício (GO). No dia 10 de junho, o pai se perdeu após uma crise de labirintite. Quando perceberam seu desaparecimento, os amigos informaram a família.
"André conta que seu pai é experiente em matas, um conhecedor, além de ser pescador, mas ele não conhecia aquela região. Era apenas a segunda vez que ele ia para lá. Um dos médicos disse que ele teve uma crise e perdeu a noção de onde estava, pois é uma região muito difícil, um verdadeiro breu. Durante as buscas, eu mesmo me perdi", relata André.
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No dia 11 de junho, um dos filhos de José acionou o Corpo de Bombeiros de Goianésia, que iniciou as buscas na região. O trabalho durou uma semana, mas nenhuma pista sobre a localização do idoso. Enquanto esteve perdido, Ribeiro sobreviveu comendo caroços de jatobá e até mesmo cupins das árvores. "Não é época de frutas na região. Ele também tentou pegar gafanhotos para comer, mas não conseguiu", relata André.
O idoso contou à família que precisou ingerir sua própria urina, pois só conseguiu encontrar água duas vezes durante os oito dias. Durante esse período, ele chegou a cair e machucar as mãos e o quadril.
"André relata que passava o dia inteiro procurando o pai. Havia momentos em que eles procuravam por mais de 12 horas diárias, fazendo caminhadas de cinco horas para ir e outras cinco para voltar, mas nunca encontravam nenhum vestígio. Os bombeiros se revezavam nos turnos, mas ele não tinha esse privilégio", diz o filho.
Quando encontrou o pai, André estava acompanhado de um sobrinho e de um caseiro da fazenda. "Eu comecei a gritar e ouvi uma voz, um grito fraco. Percebi que era ele. Nos comunicamos através dos gritos. Quando o encontrei, ele estava sentado e chorando."
Devido ao seu estado debilitado, ele precisou ser colocado em uma maca e foi encaminhado para um hospital municipal. Atualmente, ele já recebeu alta.
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