Inundação no RS: 'parece filme de terror', diz paraense que mora em Porto Alegre

Nascido em Belém, Fernando Oliveira contou que mora no terceiro andar de um prédio e que o nível da “água continua subindo”; ele pede orações para os moradores da capital gaúcha

Dilson Pimentel
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“Estamos em estado de calamidade. Parece filme de terror”. A afirmação é do paraense Fernando Oliveira, 25, que há 4 anos reside em Porto Alegre, capital do Rio do Grande, estado que está sendo castigado pelas chuvas.

  

Em entrevista à Redação Integrada de O Liberal, neste sábado (4), Fernando contou que trabalha como atendente em uma farmácia da cidade. “No momento, aqui no nosso bairro, o bairro São Geraldo, próximo ao rio Guaíba, estamos em estado de calamidade”, contou. “Infelizmente, o rio continua subindo. Ainda não choveu, mas está previsto para chover nas próximas horas. E, infelizmente, muitas vidas foram tiradas próximo ao rio Guaíba”, afirmou.

Neste sábado, a Defesa Civil informou que subiu para 56 o número de mortos em razão dos temporais que atingem o Rio Grande do Sul. Além dos mortos, há 67 desaparecidos e 74 pessoas feridas. O rio Guaíba atingiu, por volta das 21 horas de sexta-feira (3), o maior nível de sua história ao chegar a 4,77 metros. Segundo a Defesa Civil municipal, essa medição realizada no Gasômetro ultrapassou a cheia histórica de 1941, que foi de 4,76 metros.

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"Infelizmente, a água continua subindo", diz paraense

Nascido em Belém, Fernando contou que militares do Corpo de Bombeiros e do Exército estão fazendo a retirada das pessoas próximo ao Rio Guaíba. “Os bairros mais afetados foram o bairro centro histórico, bairro Humaitá, Vila Farrapos, Vila dos Papeleiros. E, infelizmente, a água continua subindo”, contou.

Ele mora no terceiro andar de um prédio. “Mas, como a água continua subindo, estamos com medo de acontecer uma tragédia. Os moradores estão com medo das fiações elétricas, ou que a água entre mais para dentro do prédio. A água já tomou o primeiro andar todo do prédio e infelizmente continua subindo”, afirmou Fernando.

Ele pediu orações de todas as pessoas para a população de Porto Alegre. “É uma situação muito delicada que estamos vivendo aqui. Espero que melhore daqui as próximas horas, que infelizmente a gente está sendo muito afetado. Muita gente perdeu comércios, perdeu suas casas. Estamos tentando conseguir resgate tanto por barco quanto aéreo e estamos pedindo a oração de todos e todas de Belém e todos e todos no Brasil. A situação está ficando precária. Estado de calamidade, parece filme de terror”, afirmou.

 

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