De acordo com moradores do Conjunto Habitacional Riacho Doce, situado na avenida Perimetral, no bairro do Guamá, em Belém, desde o dia em que receberam suas moradias no local, há dois anos, os dois reservatórios de água estavam sem tampa. A moradora Josy Pantoja relata medo de contrair doenças graves por conta da situação.
"Recebemos nossos apartamentos e essa situação já estava assim. Depois que reclamamos, vieram e colocaram dois plásticos em cima, só que em cima tem água acumulada de chuva. Os pombos tomam banho nessa água, e esses dois reservatórios são as águas que são transferidas para a caixa d'água, para abastecer o conjunto todo", explica.
VEJA MAIS
"Não podemos consumir uma água contaminada assim, quem não tem condição de comprar água mineral tem que tomar essa água desse jeito aí. Que o Poder Público venha tomar providência sobre esse problema aqui na comunidade, porque isso é algo que vai prejudicar a saúde de todos nós aqui, com doenças que levam à morte qualquer pessoa", lamenta.
A estudante Aulene Ribeiro, de 22 anos, também reclama da situação e conta que teve casos de pessoas em sua própria casa que tiveram problemas por conta da água. "Inclusive na minha casa. Tivemos coceira no corpo, vômitos e diarreia", relata.
"Já houve casos de doença aqui no residencial, crianças com meningite, mas graças a Deus não se agravou. A criança passou quase dois meses internada no hospital por conta da água contaminada pela doença do pombo. Não tivemos nenhuma resposta sobre o problema, estamos abandonados", lamenta.
Em nota, a Secretaria de Estado de Obras Públicas (Seop) informa que entregou em 2022, em pleno funcionamento, todas as unidades do Conjunto Riacho Doce, em Belém. A Seop informa ainda que irá enviar equipes ao local para verificar a denúncia.