A praça do conjunto residencial Pedro Álvares Cabral, na Rua da Mata, no bairro da Marambaia, em Belém, era pra ser um lugar de lazer para os moradores, mas não é isso que está acontecendo há bastante tempo, segundo o tecnólogo em segurança do trabalho, José Carvalho. Ele mora na rua B do conjunto há mais de 50 anos e diz que o local está abandonado.
"Não dá para fazer absolutamente nada aqui, o conjunto está abandonado pelo poder público. Não temos o apoio de ninguém, qualquer coisa que seja feita é de livre e espontânea vontade dos próprios moradores. Algumas praças aqui quem manda limpar somos nós mesmos, meu vizinho aqui já pediu até para virem tapar buraco. São atitudes que estamos tendo para ver se melhora a nossa situação porque estamos abandonados", desabafa.
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No conjunto há bastante árvores, que de acordo com José, nunca foram podadas. "As árvores nunca foram podadas, já tivemos queda de árvore em cima de carro nesta praça. Então não tem poda, não tem cuidado das árvores e nós não podemos fazer nada porque temos consciência de que quem tem que fazer são os órgão públicos”, fala.
José diz que quando há chuvas intensas, a rua fica alagada. "Quando chove fica totalmente alagada a rua B, até porque nós moramos no final do conjunto e há um declive, então nós recebemos toda sujeira, tudo que vem de lá, para você ver que aqui não tem mais meio fio, porque o mato já invadiu", conta.
Além de todos esses problemas citados pelo morador, ainda há a falta de sinalização na rua. "Aqui não temos identificação de sinalização horizontal, não tem limite de velocidade. Foi tirada uma lombada que tinha ali. Os motoqueiros, os carros não respeitam o limite de velocidade e quando nossas crianças vêm pra rua brincar temos que ficar vigiando, ontem mesmo quase aconteceu um acidente aqui", explica.
José lembra com saudade de quando a praça era utilizada para momentos de alegria pelos moradores. “Antes essa praça era utilizada, tinha torneio de futebol feminino agora acabou. Infelizmente, nós não temos mais isso. Por favor venham olhar aqui o nosso conjunto, venham ver o que estamos passando. Estamos precisando de ajuda”, finaliza.
A redação integrada de O Liberal procurou as secretarias municipais de Saneamento (Sesan), Urbanismo (Seurb) e de Meio Ambiente (Semma) para falar sobre o assunto, mas até o fechamento desta edição não houve retorno.