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Feirante Kueila Cristina denuncia atraso nas obras do Mercado da Terra Firme

Trabalhadores reclamam das péssimas condições da feira improvisada na avenida Celso Malcher

O Liberal

Feirantes e frequentadores da área do entorno do Mercado da Terra Firme reclamam da demora na entrega das obras do centro comercial do bairro. O fluxo de comércio e dos pedestres que transitam diariamente pela avenida Celso Malcher se tornou um problema diário, aponta a feirante Kueila Cristina. Por conta do projeto de revitalização do espaço, os feirantes foram alocados para a avenida, mas o espaço segue improvisado e sob más condições. A desorganização resulta em acúmulo de lixo em vários pontos da via. 

O projeto apresentado à comunidade da feira não atende a necessidade dos permissionários, ressalta Kueila Cristina. Líderes da feira entraram em contato com a Secretaria Municipal de Economia (Secon), mas não houve acordo. O prazo de término das obras do mercado atrasou e, até o momento, não há previsão de entrega do espaço.

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Os feirantes alegam que a feira improvisada é irregular: as barracas montadas são impróprias, devido às estruturas de madeira. O peixeiro Reginaldo Santos conta que isso afeta a venda de carne, pois o ambiente é sujo. "A madeira apodrece, os 'sujos' ficam tudo impregnado nas barracas, e depois não tem como limpar. Isso também afasta a clientela", reclama Santos. 

O forte odor do acúmulo de lixo afasta clientes. "A obra anda um pouquinho e depois, para. Eles nos informam que as máquinas das reformas ficam dando 'prego'. Já é a terceira vez que as máquinas sofrem essas falhas. Até agora, não vi nenhuma mudança. Só vi eles retirarem aterros. Já se passaram três prazos de entrega, no qual eles informaram para gente", ressalta o peixeiro Reginaldo. 

A feirante Roselita Melo acrescenta: são mais de 100 os feirantes que trabalham no mercado. Ela lembra que todos sofrem com o espaço improvisado e que são penalizados por conta das péssimas condições do ambiente. "Pessoas de dentro da feira fecharam e estão sobrevivendo às custas de terceiros, com parentes ajudando e ofertando um pouco disso e daquilo", contou. 

"Isso é uma falta de respeito com a categoria, uma falta de respeito conosco. O feirante acorda todos os dias para trabalhar e, lá dentro do mercado, não pode ser feito de qualquer jeito. Vai demorar mais 38 anos para se ter revitalização? Era para ser seis meses e já estamos há mais de um ano esperando pela reforma completa", desabafa a feirante Roselita Melo. 

Em nota, a Secretaria Municipal de Economia (Secon) informou que a revitalização do Mercado Municipal da Terra Firme é uma obra da Prefeitura de Belém com o Governo do Pará que visa melhorar a qualidade de trabalho e de vida dos feirantes e da população consumidora do espaço. "Para a reforma no Mercado, foi necessária a instalação de uma Feira Provisória na área central da Avenida Celso Malcher, bem em frente ao Mercado, com o objetivo de não interromper as atividades econômicas dos feirantes e o abastecimento do bairro. O local da Feira Provisória foi escolhido, em reunião, pelos próprios permissionários", disse. 

Segundo o comunicado, o projeto do novo mercado da Terra Firme foi apresentado a todos os setores, no qual tiveram a oportunidade de sugerir adequações e alterações necessárias. O órgão acrescentou que o projeto final foi aprovado pela Comissão de Fiscalização de feirantes e usuários. 

"A Secon informa também que ocorreram dificuldades referentes a impactos de execução da obra sobre imóveis vizinhos, que ocasionou interveniência externa da defesa civil e consequente alteração no cronograma de serviços. Deste modo, a previsão de conclusão e entrega do novo mercado municipal da Terra Firme, e a desmontagem da Feira Provisória na Av. Celso Malcher, será no mês de outubro deste ano", comunicou. 

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