Dona de casa Maria dos Santos reclama de acúmulo de lixo e entulho na travessa Enéas Pinheiro
O impacto da situação não afeta apenas os moradores, mas também os comerciantes da região
O impacto da situação não afeta apenas os moradores, mas também os comerciantes da região
Quem mora ou transita pela travessa Dr. Enéas Pinheiro, localizada no bairro da Pedreira, em Belém, tem reclamado do acúmulo de lixo e entulho em um ponto específico: a esquina com a travessa Antônio Everdosa. A dona de casa Maria dos Santos, de 65 anos, mora na localidade há 43 anos e relata os problemas enfrentados com essa situação, que se repete constantemente. O problema é antigo, segundo a denunciante.
Maria descreve o incômodo causado pelo acúmulo de resíduos: "Isso é muito ruim. Eu moro lá em cima [em outro perímetro da Enéas Pinheiro], mas a gente passa todo dia aqui. Isso é muito constrangedor, é muito ruim o cheiro. É difícil. Faz um bom tempo já que tá isso", afirma. Apesar da ação da prefeitura, que realiza a limpeza regularmente, o problema persiste. "Aí a prefeitura vem limpa, mas no outro dia já tá cheia de novo", completa.
O impacto da situação não afeta apenas os moradores, mas também os comerciantes da região. Segundo Maria, muitas vendas de comida estão localizadas na área, e ela acredita que o acúmulo de lixo faz com que os clientes não tenham tanto interesse em circular pelo local: "Tem muita venda de comida por aqui. Acho que até afasta os clientes", comenta.
Ao longo da via, é perceptível os vários pontos de sujeiras, como constatado pela reportagem. Além dos danos à saúde e ao comércio, a dona de casa se preocupa com os riscos à saúde, especialmente com a chegada da temporada de chuvas em Belém. "Aí tem aquela preocupação com as doenças. E esse acúmulo aí de lixo e entulho só colabora ainda mais para isso. Tenho medo de pegar doenças", relata.
A falta de uma solução definitiva também é um ponto que Maria critica. Ela expressa, ainda, a expectativa de que uma medida eficaz seja tomada para resolver o problema de forma permanente. "Às vezes limpam, mas quando passam três, dois dias, já está de novo. Nem sei quem vem deixar esses entulhos", diz, demonstrando frustração com a situação que se repete.
"É muito bom se viesse alguém para resolver e manter isso aí tudo limpo. Acho que eu já teria até vendido a casa e ido para outro lugar se precisasse morar aqui em frente. Isso é muito difícil", completa Maria dos Santos.
Em nota, a Secretaria de Zeladoria e Conservação Urbana (Sezel) informou que vai encaminhar um pedido de limpeza na área citada na matéria. "É importante ressaltar que os moradores devem contribuir e evitar o descarte irregular de lixo em vias públicas. Se necessário, é possível chamar o disque entulho da Sezel pelo WhatsApp (91) 98405-3100", diz o comunicado da Sezel.
"Este é um serviço que retira gratuitamente até 1 metro cúbico de material por pessoa. Além disso, educadores ambientais do Departamento de Resíduos Sólidos da Sezel estão fazendo ações em diversos pontos detectados como críticos. Neste mês, os servidores já percorreram 522 apartamentos no bairro Maracacuera e na Feira da Terra Firme. Outras ações devem ocorrer nos próximos dias”, completa a nota.
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