Comerciante Elaine Farias reclama de falta de água na passagem Bom Jesus
A comerciante denuncia que o problema é antigo e que nada é resolvido
A comerciante denuncia que o problema é antigo e que nada é resolvido
Quem mora na Passagem Bom Jesus, entre as Travessas Alferes Costa e São Sebastião, reclama da constante falta de água no local. A área é divisa entre os bairros do Barreiro e da Sacramenta. A comerciante Elaine Farias, de 42 anos, denuncia que o problema é antigo e que nada é resolvido.
Ela destaca que a situação afeta principalmente os moradores mais próximos à Travessa São Sebastião, onde é comum usar bombas d’água para tentar driblar a escassez. "Todos os dias [falta água], a água vai embora por volta do meio-dia e só retorna às seis e meia e até seis horas. Em algumas casas, só chega na torneira de baixo. As pessoas precisam tomar banho de cuia”, diz.
Segundo Elaine, a falta de água não se limita ao Barreiro, mas também atinge o conjunto, de onde vem o abastecimento local. Enquanto nada é resolvido, os moradores precisam conviver, às vezes, com semanas sem água - até por conta de furtos da bomba que ajuda a abastecer a caixa d'água do local.
“Na minha casa ainda chega água na torneira, mas nos restos das casas [da vizinhança], muitas pessoas precisam encher baldes. Para tomar banho, para lavar louça, para tudo. Em um trecho ainda tinha uma caixa d'água, em que as pessoas usavam bombas para poder puxar água. E ainda tem vezes que o fornecimento falta e só chega no outro dia", descreve Elaine, ao falar dos desafios dos moradores.
Os moradores já relataram problemas como o roubo de bombas d’água e interrupções que chegam a durar dias. Mesmo assim, a rotina de falta d’água persiste. Outra situação é a qualidade da água, que frequentemente chega suja e amarelada. Para o consumo diário, como lavar banheiro e outras tarefas, mesmo com sujeira, ainda é possível utilizar a água, que fica inutilizada para o consumo.
Elaine ainda relata que, para poder lavar roupa, enfrenta ainda mais um desafio: "Eu moro aqui desde os meus 20 anos, e continua sendo assim. A água chega amarela Para se ter ideia, eu nem tenho roupa branca. Eu levo minhas roupas para a casa da minha mãe, que mora em Ananindeua, para lavar”, detalha a comerciante.
A Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) foi procurada para detalhar as medidas e ações de soluções do problema de fornecimento no local. Até o fechamento desta edição, a companhia não se manifestou.
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