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Comerciante Aguinaldo Almeida alerta sobre transbordamento de canal no Curió-Utinga

O problema já é antigo na área e causa transtornos há muito tempo para quem mora na área

O Liberal

"O canal transborda e tudo enche quando chove". Essa é a denúncia referente ao canal localizado no 2º Ramal do Utinga, no bairro do Curió-Utinga, em Belém. Quem alerta é o comerciante Aguinaldo Almeida, de 62 anos, que afirma que vários moradores já perderam móveis diante desse problema. O caso já é antigo na área e causa transtornos há muito tempo para quem mora no trecho.

O problema é recorrente: a cada período chuvoso, as casas próximas ao canal são invadidas pela água, que leva consigo lixo e doenças, como lembra o comerciante, morador do bairro há cerca de 40 anos. "São anos e anos assim. Aqui transborda tudo, as casas enchem e até o meu comércio", desabafa Aguinaldo, que vive em frente ao canal. O mato alto e falta de limpeza no canal também são outros problemas constatados no local. 

Aguinaldo afirma que o problema não é novo e que, ao longo dos anos, muitas promessas já foram feitas por autoridades, especialmente durante períodos eleitorais. Ainda de acordo com o morador, além dos prejuízos materiais, os alagamentos trazem consequências graves para a saúde da população. Segundo ele, os transtornos vividos pelos moradores são frequentes, que, com frequência, precisam reformar suas casas.

“Quando a água transborda, tem muito rato e barata. A água entra dentro das casas. A gente tem muito prejuízo. Aqui na avenida, a cada dois anos ou três anos, as pessoas precisam reformar uma casa. Tem que levantar [as beiradas das casas]. E levanta e enche tudo de novo. Nessa época chuvosa, enche tudo. As pessoas perdem móveis, perdem tudo”, desabafa o comerciante.

Segundo Aguinaldo, até houve sinalizações de obras na região, mas nenhuma intervenção concreta foi realizada no canal do 2º Ramal do Utinga. Cansado de promessas por parte da gestão pública, o morador comenta: "Nas eleições eles [políticos] vêm aqui, prometem que vão resolver. A gente fica esquecido", critica.

Um dos principais problemas apontados é o acúmulo de lixo no canal, o que agrava os alagamentos. Enquanto nada é resolvido, a população tenta se mobilizar para reduzir os danos. "Os próprios moradores se juntam para limpar o canal. Estava tudo [acumulado] no canal. Eu pago os meus impostos altos para viver na água. Não investem o nosso dinheiro. O certo era investir”, completa o morador.

Almejando soluções concretas neste novo ano, Aguinaldo aproveita para fazer um apelo às autoridades responsáveis - já que a comunidade acumula perdas e vivendo em constante insegurança. "Espero que eles venham aqui e vejam nossa necessidade, o que estamos passando. Todo ano a gente perde móveis, perde tudo. Seria bom se viessem, para ajudar. Estamos precisando", diz.

Em nota enviada ainda na quinta-feira (9), a Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan) informou que, a partir das 8h desta sexta-feira (10), o órgão iniciaria o trabalho de limpeza do canal e com o deslocamento de uma equipe técnica para fazer o desentupimento da rede de esgoto com hidrojateamento. "Na segunda etapa, a partir de segunda-feira, a Sesan entrará com retroescavadeira para fazer a dragagem do canal, removendo resíduos e desassoreando o leito", completa o comunicado da Sesan.

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