Agente de portaria Elielson Rabelo reclama de alagamentos na passagem Juninho, no Curió-Utinga
O morador pontua que o problema já persiste há mais de 40 anos e a população aguarda por soluções eficazes
O morador pontua que o problema já persiste há mais de 40 anos e a população aguarda por soluções eficazes
Bueiros entupidos e falta de saneamento básico causam constantes alagamentos na rua e dentro das casas de moradores na passagem Juninho, no bairro do Curió-Utinga, em Belém. "Quando chove muito, a água bate até na nossa cintura", denuncia o agente de portaria Elielson Rabelo, de 46 anos, que se mostra bastante preocupado com a situação, especialmente por conta do início do ano, que é historicamente um período chuvoso na capital.
De acordo com ele, as enchentes têm provocado prejuízos significativos para as famílias locais, que sofrem com a falta de saneamento básico. "O problema tem mais de 40 anos, com esse alagamento. Nunca resolveram isso. Já vieram aqui muitas vezes, disseram que iriam desconstruir os bueiros, mas nunca conseguiram O problema mesmo são as enchentes", afirma Elielson, ressaltando que o alagamento não só invade as ruas, mas também as casas dos moradores.
Elielson destaca que, apesar das inúmeras reclamações feitas pelos moradores às autoridades competentes, o problema persiste sem qualquer solução concreta. "Os bueiros todos estão entupidos. Muita gente aqui já perdeu os móveis. A minha irmã, por exemplo, precisou colocar batente alto na porta justamente por causa disso [para tentar impedir que a água entrasse]. Entrou e saiu prefeito que não fizeram nada pela gente", conta ele ao lamentar a ausência do poder público nos últimos anos.
"Nunca fizeram nada pela nossa moradia. Já reclamamos várias vezes com a Sesan [Secretaria Municipal de Saneamento]. A gente já foi lá, fizemos ofício e nada. Nunca veio nenhuma equipe aqui fazer uma vistoria. Só mandamos ofício e não temos resposta nenhuma da secretaria", relata.
Os alagamentos constantes não são os únicos prejuízos. Elielson alerta para os riscos à saúde provocados pela mistura de água de chuva com lixo acumulado nas ruas. E ainda, lembra do temor pela proliferação de doenças. "Muitas vezes, já demorou a chegar [a coleta de lixo]. Também aparece muito rato devido à água que enche. A gente reclama e nunca nos dão uma resposta. Nos sentimos abandonados", explica.
Além disso, o agente de portaria aponta que a situação se torna ainda mais difícil para moradores idosos, como seus próprios pais. "Tenho um pai e uma mãe idosos. Precisamos trafegar. Inclusive, recentemente tive que levar eles ao hospital e ir ao banco. E a mobilidade fica muito difícil [quando tudo está alagado]. O meu pai já mudou a casa mais de seis vezes", diz o morador.
Mesmo após a chuva, os problemas não desaparecem imediatamente. Por isso, ele torce e acredita que o problema seja resolvido em breve. "Dependendo da intensidade, leva de seis horas a um dia inteiro para a água baixar, no máximo. E depende muito da chuva. Se for uma forte, de uma hora e meia, passa o dia todinho com a rua alagada", afirma Elielson.
A Redação Integrada de O Liberal solicitou um posicionamento à Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan) e à Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb) sobre as soluções para o trecho. E ainda, sobre o possível cronograma de obras para o trecho. A reportagem aguarda retorno.
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