Shibari: saiba o que é a prática que utiliza cordas e vem aumentando no Brasil
Arte fetichista teve origem no Japão e hoje é praticada em todo o mundo
Cordas, vendas, chicotes e muito erotismo: nos últimos anos, o BDSM (Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo) tem ganhado cada vez mais adeptos, popularizado em parte pelo filme "50 Tons de Cinza". Entre os diversos fetiches que envolvem essas práticas, existe uma arte erótica japonesa que tem chamado a atenção dos brasileiros: o Shibari.
Também conhecido como "bondage de corda japonês", o termo Shibari deriva da palavra "shibaru", que significa amarrar, e tem origem no Hojo-jutsu, uma arte marcial desenvolvida no Japão feudal. Entre os anos 1400 e 1700, os samurais do país amarravam prisioneiros de maneira sofisticada em busca de preservar a honra e o status dos cativos.
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Desde então, mais de 100 anos se passaram até que esse método evoluísse para o que conhecemos hoje como Shibari: uma arte erótica de amarração com cordas. Seja praticada por casais ou individualmente, esse fetiche é considerado terapêutico por alguns praticantes. "Ele pode ser arte, pode ser fetiche, pode ser mais um monte de coisa, desde uma simples atividade física até uma performance", explica o designer, empreendedor serial, fotógrafo e rigger Turo.
O rigger revela que, para alguns mestres, o Shibari é qualquer tipo de amarração que segue o estilo e a estética japonesa. Para outros, esse método envolve apenas a conexão de pessoas por meio das cordas, ou seja, o envolvimento emocional é imprescindível para o processo.
Ele também conta que uma das noções unânimes dessa arte é que o Shibari deve seguir três pilares: a beleza (a amarração deve ser esteticamente agradável), a eficácia e o respeito à estética japonesa.