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Mercado para profissionais de tecnologia da informação cresce no Pará

O professor Ermínio Paixão fala sobre as oportunidades que têm surgido na região norte e vê um mercado cada vez mais forte no Pará

Gabi Gutierrez

No universo da tecnologia da informação, cientista e engenheiro de dados são profissões 'queridinhas' do momento. Elas oferecem salários atrativos, e, no Pará, são profissões em ascensão. O professor Ermínio Paixão, formado em Redes de Computadores e atuante na área de redes de alto desempenho e inteligência computacional, fala sobre as oportunidades que têm surgido na região norte e sobre as qualificações ofertadas para os alunos paraenses.


O professor avalia que os engenheiros e cientistas de dados da região Norte começaram a ser conhecidos agora, visto que é uma profissão viável para muitos profissionais. “Estamos nos primeiros passos dessa profissão aqui no estado do Pará, mas algumas empresas já começaram a contratar esses profissionais”, ele pontua. 

O que é  Tecnologia da Informação (TI)?

A Tecnologia da Informação (TI) compreende todas as atividades e soluções desenvolvidas através de recursos tecnológicos computacionais para executar o armazenamento, processamento, utilização e transmissão de dados. Na informática, a informação é considerada como um dado contextualizado a partir do qual decisões podem ser tomadas.

Segundo uma estimativa da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), até 2025, o setor deve ser responsável pela abertura de aproximadamente 800 mil vagas de trabalho no Brasil. Para Ermínio a demanda de profissionais como engenheiros e cientistas de dados vem aumentando constantemente no Pará e as indústrias estão absorvendo esses profissionais. 

“Em relação aos outros estados, da região Sudeste, Sul do país, que têm uma parte de tecnologia mais avançada, historicamente, eles têm uma vantagem, sim, em relação tanto à questão salarial quanto à oportunidade de emprego”, explicou o especialista.

Remuneração em TI é boa?

Ele explica que no contexto de remuneração varia bastante. Segundo ele, existem muitos profissionais que são muito bem remunerados, outros, nem tanto. “As grandes indústrias no Pará, como as que ficam localizadas em Barcarena, estão conseguindo equilibrar o jogo em relação à faixa salarial. E aqui na região metropolitana, em algumas outras cidades principais do Pará, a viabilidade de bons salários são em órgãos públicos ", explica.

Levando em consideração o crescimento da área, ele acredita que agora esses profissionais  da computação estão vivendo uma valorização crescente. “Em todos os seus aspectos, robótica, segurança da informação, engenharia de dados, como um todo. Então, vejo perspectivas muito grandes mesmo para essa área, uma demanda alta em que cada vez mais a gente vai ter que formar profissionais para essa área”, pontua o professor.

Ermínio completa: “A gente consegue observar isso tanto nos novos profissionais quanto nos profissionais também que estão se capacitando mais para entrar nessas vagas".  

Além das oportunidades de emprego, as chances de haver aumento da remuneração desses profissionais devem aumentar, afirma o professor. “As empresas começaram a notar tanto o potencial alto quanto a alta rentabilidade de ter profissionais bons nesse âmbito; com certeza os salários estão aumentando, os benefícios estão se equiparando com as empresas de fora”, explicou Ermínio.

Iuri Valente é estudante do segundo semestre do curso de ciência da computação e conta que a vontade de se profissionalizar na área surgiu ao ver o sucesso de colegas. “Vários amigos meus que estudaram comigo foram entrando nas áreas de ciência da computação, análise de sistemas, e eu vi a facilidade que eles tiveram em conseguir emprego, em comparação a outros amigos meus que trabalhavam em outras áreas. E o dinheiro que eles ganhavam era bem maior do que os colegas de outras áreas”, observou.

O estudante explica que, por ainda estar no segundo semestre, ainda não conseguiu estagiar, mas vê que o mercado é bastante abrangente. “A maioria dos meus amigos, de semestres superiores, já tem estágio. Acho que mais da metade da turma deles já fez estágio. Então é só uma questão de tempo, ainda vou conseguir”, projeta Iuri.

Ele diz que, em Belém, existem opções para a qualificação que não exijem do estudante deixar o estado. “Aqui temos o Compass Wall e a Oracle, que são duas parceiras da faculdade onde estudo", diz. Mas tem outras alternativas que não obrigam o estudante a deixar o estado. O estudante observa que há opções online que podem ajudar nessa busca, até mesmo de forma gratuita. “O pessoal costuma sair do estado, mas tem empresas grandes como a Google, que oferecem isso também de graça na internet”, explica.

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