Serviço de controle da raiva captura 25 morcegos-vampiros no Marajó

A ação começou após a constatação de mordeduras por morcegos hematófogos em bois e cavalos de uma propriedade rural de Portel

João Thiago Dias / com informações da Adepará
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A Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) capturou 25 morcegos-vampiros durante o serviço de controle da raiva em herbívoros em uma propriedade rural do município de Portel, no arquipélago do Marajó, no Pará. O trabalho, realizado de 20 a 22 de janeiro, começou após a constatação de mordeduras por morcegos hematófogos em bois e cavalos do local. A captura e controle dos morcegos hematófagos são ações previstas pela Instrução Normativa (IN) n° 5, de 1° de março de 2002.

"Após a captura dos morcegos, o produtor foi orientado a providenciar a vacinação contra a raiva e a continuar aplicando a pasta vampiricida em torno dos ferimentos dos bovinos e equinos e, principalmente, a não tentar capturar os morcegos pois quem trabalha neste controle deve estar previamente imunizado", alertou o fiscal estadual agropecuário, Alexandre Cunha.

Morcegos hematófagos, popularmente conhecidos como morcegos-vampiros, se alimentam exclusivamente de sangue de vertebrados. Há apenas três espécies no mundo, que ocorrem somente nas Américas. Duas atacam aves (Diphylla ecaudata e Diaemus youngii) e uma ataca aves e mamíferos (Desmodus rotundus), sendo esta última a principal transmissora da raiva em herbívoros na Amazônia. Os animais capturados em Portel são da espécie Desmodus rotundus.

Doença
De acordo com a Adepará, a raiva é uma zoonose, ou seja, é transmitida de animais para o homem e tem taxa de mortalidade próxima a 100%. "A Adepará, por meio do Programa Estadual de Controle da Raiva dos Herbívoros (PECRH), estabelece o controle da doença, além de desenvolver atividades associadas a outras medidas profiláticas e vigilância", explicou.

Nos animais doentes, a raiva apresenta sintomas como: salivação intensa, tremores musculares, incoordenação, ranger de dentes e dificuldade respiratória. Em caso de suspeita da doença, o produtor rural deve imediatamente notificar a ocorrência no escritório da Adepará mais próximo do município, assim como pode notificar a presença de abrigos de morcegos na propriedade ou nas proximidades.

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