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Veja como evitar ‘erros de imunização’ ao se vacinar contra covid-19

Infectologista esclarece os principais pontos que devem ser observados para garantir que a imunização seja feita corretamente

O Liberal

Desde o início da vacinação contra a covid-19 no Brasil, milhões ainda esperam para conseguir se vacinar. Quando chegar a hora, é importante ficar atento a alguns detalhes para garantir que a imunização seja feita corretamente, sem erros do aplicador e também de quem será imunizado. A infectologista Ana Helena Germoglio tira dúvidas e esclarece o que deve ser feito para contornar erros. As informações são do Metrópoles.

Extravasamento da dose

A pessoa deve estar atenta se a dose contida na seringa é aplicada corretamente. O Ministério da Saúde considera que o extravasamentos durante ou após a aplicação de uma vacina, seja no local da injeção ou na conexão entre a seringa e a agulha, são erros de imunização.

O vazamento de pequenos volumes (duas ou três gotas, por exemplo), não deve provocar prejuízos à resposta imune das pessoas porque habitualmente os volumes de dose recomendados contém um excesso de antígeno como margem de erro. Mas, caso haja o extravasamento de grandes volumes de vacina, a recomendação é que uma nova dose seja aplicada imediatamente.

Dose de reforço de outro fabricante

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda não autorizou a prática de se vacinar com imunizantes diferentes na primeira e segunda dose. No entanto, a infectologista esclarece que caso ocorra, essa pessoa deve ser considerada imunizada, sem a necessidade de tomar uma terceira dose compatível com a primeira. Se acontecer, a pessoa deve ficar atenta caso tenha alguma reação. 

Enfermeiros precisam usar luvas?

Não é necessário. A luva é um equipamento de proteção individual (EPI) para o próprio profissional de saúde. Ela se torna dispensável durante a vacinação, uma vez que não terá contato com sangue ou secreções, mas é fundamental que o aplicador mantenha as mãos limpas.

A pele deve ser higienizada antes da injeção?

Não é preciso. O correto é não passar álcool no local da aplicação pois o produto pode afetar algumas substâncias presentes nas vacinas. No máximo, o profissional deve passar um algodão limpo, sem nada. 

Pode tomar a vacina se estiver com sintomas da Covid-19?

Não. Mesmo quem já se recuperou da doença deve esperar 30 dias após o início dos sintomas para tomar uma dose da vacina. A doença não interfere na resposta imunológica do paciente, mas a orientação serve para que seja possível distinguir os sintomas de possíveis efeitos colaterais da vacina.

Respeite o intervalo mínimo entre as doses

Para garantir a melhor resposta imunológica do organismo, a Anvisa recomenda que as doses da Coronavac sejam aplicadas com um intervalo de duas a quatro semanas; as da AstraZeneca de quatro a 12 semanas; e a da Pfizer com um espaço maior ou igual a três semanas. Até que haja uma nova orientação, esses prazos devem ser seguidos.

O Ministério da Saúde recomenda que doses aplicadas com um intervalo menor do que 14 dias sejam desconsideradas e seja feito um novo agendamento para a aplicação de outra dose respeitando o intervalo recomendado desde a data da primeira injeção.

“É como se você estivesse tomando a segunda dose quando o corpo ainda está respondendo à primeira. Então você não teria um efeito booster (catalisador) significativo porque o organismo ainda está lidando com a primeira e não dá conta de montar essa resposta imune de forma suficiente”, esclarece Ana Helena.

Também devem ser evitados os atrasos em relação ao intervalo máximo recomendado para cada vacina. Isso pois, não é assegurado a proteção até a administração da segunda dose.

Saúde