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Uso de máscaras não afeta a respiração, aponta pesquisa

Pessoas que usam o acessório de proteção em práticas de exercícios foram avaliadas para o estudo

O Liberal

O uso das máscaras de proteção contra a covid-19 sempre geram polêmica, principalmente devido às centenas de pessoas alegarem que o acessório interfere na qualidade da respiração. Para entender as reclamações, a  Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) fez uma pesquisa e analisou algumas pessoas saudáveis. Segundo o estudo, o uso de máscaras não afeta ou traz riscos à respiração. As informações são do Portal Correio do Povo. 

Para a pesquisa foram avaliados 17 homens com idade média de 30 anos e 18 mulheres com faixa etária média de 28 anos, todos saudáveis. De acordo com o professor Bruno Gualano, responsável pelo estudo, a ideia era investigar se o uso das máscaras, durante exercícios, atrapalhava o desempenho e o funcionamento do corpo em pessoas que fazem atividade física regular, mas não são atletas.

Estudo avaliou 35 pessoas na prática dos exercícios físicos

Os participantes da pesquisa correram em uma esteira com e sem máscara de proteção, com monitoramento da respiração, oxigenação do sangue e função cardíaca. Todos os participantes usaram uma máscara de pano com três camadas, seguindo as recomendações da Organização Mundial de Saúde. Os exercícios foram realizados em diversas intensidades.

Somente nos níveis moderado e intenso foi verificada uma pequena alteração no esforço de inspiração. Gualano explica:

“Nós observamos, especificamente, com o uso da máscara um aumento na capacidade inspiratória. O indivíduo tinha que inspirar mais com a máscara do que sem ela.”

Fora isso, o corpo se adapta ao item de proteção e não houve mudanças na resposta do corpo das pessoas. “Não alterou débito cardíaco ou saturação de oxigênio, que era uma preocupação que se tinha”, acrescenta o professor.

Saúde