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Saiba quais são os riscos de compartilhar capacetes em corridas de aplicativo

Com o crescimento exponencial do serviço no Brasil, a preocupação com a segurança e higiene dos passageiros têm se intensificado

Juliana Maia
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O serviço de corridas por aplicativo ganhou mais popularidade com a chegada das motocicletas nas plataformas. São cerca de 800 mil motociclistas parceiros rodando em todo o Brasil. Com apenas um capacete utilizado por vários passageiros ao dia, os usuários deste tipo de transporte devem ficar atentos às condições de higiene do item de proteção.

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Segundo a tricologista Vanessa Rodrigues, a falta de higiene em capacetes pode causar doenças na pele, couro cabeludo e, até mesmo, na barba. A especialista diz que a falta de limpeza no item de proteção pode acarretar infecções causadas por bactérias, fungos e parasitas, como o piolho.

image Tricologista Vanessa Rodrigues (Foto: Gerlinton Eduardo)

"Você pode ser infectado com piolho usando capacete mal higienizado, assim como as foliculites, as dermatites de contato. Tem as infecções fúngicas e bacterianas, como a tinha capilar, que acomete o folículo piloso provocando até a queda do cabelo pela inflamação no couro cabeludo", explica a profissional.

Além dos problemas listados acima pela tricologista, há ainda os impetigos, pitiríase, sarna e as dermatites irritativas, que provêm de bactérias localizadas no resíduo do suor que se acumula no fundo da espuma que reveste o capacete. 

Estas bactérias conseguem se proliferar mais em ambientes quentes e úmidos, que fornecem as condições ideais para seu crescimento e reprodução. Portanto, o acúmulo destes organismos pode causar irritação na pele, coceira, descamação e vermelhidão tanto na barba quanto no couro cabeludo e na pele. 

Qual o tratamento recomendado em casos de infecção?

Se forem infecções de pele, o mais indicado, segundo a especialista, é procurar um dermatologista. Já no caso de infecções que acometem couro cabeludo e barba, o tricologista deve ser acionado. "Tanto o dermatologista quanto o tricologista vão avaliar qual a origem da infecção - se é por bactéria, fungo ou parasita - para definir o tratamento mais adequado para aquele indivíduo", complementa.

Existe algum material que pode oferecer proteção contra esses microorganismos?

Existem capacetes fabricados com espuma antimicrobiana, o que pode ser uma opção de compra para o profissional que trabalha com estas corridas. Além disso, também existem opções destes itens de proteção com forro e tecido antimicrobianos.

"Os forros dos capacetes fabricados hoje em dia já são removíveis, o que facilita essa higienização. Tem sprays antimicrobianos, que podem ser usados com frequência pra minimizar a proliferação, a infecção cruzada, e também as toucas, tanto reutilizáveis, quanto descartáveis, pra reduzir essa contaminação por contato direto", orienta Vanessa.

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