Quais vacinas os bebês prematuros podem tomar? Veja lista e outras orientações para prevenir doenças
Vacinas são fundamentais evitar maiores complicações de uma série de doenças de um bebê prematuro com o sistema imunológico mais frágil
O nascimento de um bebê prematuro, ou seja, aquele que nasce com idade gestacional inferior a 37 semanas, é sempre um momento delicado para os pais e outras pessoas que ajudam os genitores na criação. Além dos desafios naturais de adaptação, esses recém-nascidos enfrentam um sistema imunológico mais frágil, o que os torna mais vulneráveis a infecções e doenças graves. Por isso, os cuidados com a saúde precisam ser redobrados, especialmente no que diz respeito à prevenção de enfermidades, que podem ser muito perigosas durante as primeiras semanas e que, inclusive, podem levar à morte.
Nesse sentido, as vacinas se fazem fundamentais para evitar maiores complicações de uma série de doenças. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), "o calendário de vacinação do prematuro deve ser seguido de acordo com a sua idade cronológica. Se estiver internado e clinicamente estável por ocasião da idade recomendada para vacinação, a unidade de internação deve providenciar a aplicação das vacinas. Sempre que possível, deve ser dada preferência às vacinas combinadas, que têm como vantagem a redução do número de injeções."
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Quais vacinas os bebês prematuros podem tomar?
A fragilidade do sistema imunológico dos prematuros está diretamente relacionada ao momento da gestação em que eles nasceram. A maior parte dos anticorpos, que são transferidos da mãe para o bebê, ocorre durante o último trimestre. Como esses bebês chegam ao mundo antes desse período, não conseguem obter a proteção necessária.
Além disso, o próprio organismo do prematuro ainda está em desenvolvimento, o que reduz a sua capacidade de resposta imunológica quando comparado a um bebê nascido a termo.
Essa condição é agravada por fatores comuns entre prematuros, como:
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Anemia;
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Desnutrição;
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Desmame precoce do aleitamento materno;
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Infecções urinárias;
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Doença pulmonar crônica;
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Necessidade de punções e cateteres;
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Internação por tempo prolongado;
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Vias aéreas em desenvolvimento, deixando o bebê vulnerável a infecções respiratórias.
Vacinas recomendadas
Entre as vacinas essenciais estão as contra:
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Meningite;
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Pneumonia;
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Coqueluche;
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Rotavírus;
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Gripe;
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Hepatite B;
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BCG (adiamento desta nos recém-nascidos com peso inferior a 2 KG até que os mesmos atinjam este peso).
Ainda de acordo a SBP, uma das diferenças em relação ao bebê nascido a termo é a necessidade de o prematuro ser imunizado contra o vírus sindical respiratório (VSR), que o protege da bronquite
Outros cuidados
Além da prevenção pelas vacinas, outras medidas simples, mas eficazes, ajudam a proteger a saúde do bebê, como:
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A lavagem frequente das mãos antes de manipular a criança é uma delas;
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Garantir o aleitamento materno exclusivo;
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Evitar o contato com pessoas doentes;
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Não expor o bebê a ambientes com fumo ou aglomerações.
Família também deve se vacinar
A imunização, no entanto, não deve se limitar ao bebê. Familiares, cuidadores e profissionais da saúde que convivem diretamente com a criança também precisam estar com as vacinas em dia. Essa medida ajuda a criar uma barreira coletiva contra a transmissão de doenças, oferecendo uma proteção ainda maior para o prematuro.
(*Gabriel Bentes, estagiário de Jornalismo, sob supervisão de Enderson Oliveira, editor web de oliberal.com)
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