Pressão alta em crianças e adolescentes: veja como identificar e tratar a doença
Entenda como as alterações na pressão arterial podem se manifestam em sintomas considerados “banais” e afetar as crianças
A pressão alta - hipertensão arterial - é um mal que atinge cada vez mais crianças e adolescentes no Brasil. Neste 26 de abril, Dia de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, o Ministério da Saúde faz um alerta aos pais sobre os perigos da doença. Confira como identificar e tratar a pressão alta em crianças e adolescentes.
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A hipertensão arterial é uma doença crônica definida pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias. A condição faz com que o coração exerça um esforço maior do que o normal para que o sangue seja distribuído no corpo. Segundo as autoridades da saúde, estima-se que a prevalência de hipertensos na população pediátrica varia entre 3 a 15%. Muitas vezes, a criança nasce com a doença, mas os sintomas se manifestam de maneira leve e passam despercebidos.
Como diagnosticar a pressão alta em crianças e adolescentes?
Para realizar o diagnóstico de alterações na pressão arterial, a criança deve ser levada ao médico pediatra. O profissional, de maneira simples, irá fazer a aferição da pressão em consultas de rotina.
Quais os sintomas da pressão alta em crianças e adolescentes?
A hipertensão arterial - pressão alta - pode ser assintomática na maior parte dos casos. No entanto, quando se manifesta, a doença apresenta sintomas não característicos, como:
- dor de cabeça;
- irritabilidade;
- alterações do sono.
Os pais devem se atentar para a presença desses sintomas sem outras causas evidentes. Também devem observar se a criança apresenta alterações nefro-urológicas como:
- coloração avermelhada da urina;
- inchaço;
- dor torácica;
- falta de ar;
- palpitações.
Por que a criança nasce com pressão alta?
As crianças podem nascer com hipertensão arterial. Na maioria dos casos, isso ocorre devido:
- malformações congênitas renais ou cardíacas;
- bebês de peso muito baixo ao nascer (menos de 1.500 g);
- prematuros (menos de 32 semanas) ;
- bebês que permaneceram internados em UTI Neonatal por tempo prolongado - isso ocorre devido ao uso de cateteres de veia umbilical, ventilação mecânica e oxigenoterapia.
Como tratar a pressão alta em crianças e adolescentes?
Para realizar o tratamento da pressão alta em crianças e adolescentes é preciso identificar o perfil clínico da doença:
1. No caso da hipertensão arterial sistêmica primária: o tratamento inicial ocorre por meio da mudança de hábitos alimentares nocivos
- diminuição de alimentos ricos em condimentos;
- gorduras saturadas;
- açúcares refinados;
- carne vermelha;
- Além de iniciar a prática de atividade física.
2. Nos quadros secundários (atribuídos a outras doenças primárias): deve ser realizado o tratamento da causa de base inicialmente. O uso de medicamentos costuma ser mais precoce para o controle dos níveis da pressão.
A crise hipertensiva (elevação súbita da pressão arterial), é rara em crianças e adolescentes. No entanto, a crise coloca em risco o funcionamento de órgãos como:
- rins;
- coração;
- cérebro.
O tratamento requer:
- internação hospitalar;
- medicações na veia;
- monitoramento contínuo.
(Estagiária Maiza Santos, sob supervisão da editora Web de OLiberal.com, Vanessa Pinheiro)
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