OMS faz alerta para o aumento de casos de sarampo no mundo e risco de surto nas Américas

No Pará, o último caso registrado da doença foi em 2022

Hannah Franco

Mais da metade dos países estão em risco de surtos de sarampo até o final de 2024, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta terça-feira (20). A organização registrou um aumento de 79% nos casos da doença no mundo em 2023, com mais de 306 mil notificações.

"Estamos extremamente preocupados com o que está acontecendo em relação ao sarampo", disse Natasha Crowcroft, conselheira técnica para sarampo e rubéola da OMS. Ela destacou que a região das Américas, incluindo o Brasil, também está em risco. "Eles estão aguentando firme, mas, com o aumento de casos em cinco das seis regiões monitoradas pela OMS, esperamos que haja casos e surtos nas Américas também", completou.

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Os últimos dados globais, divulgados em fevereiro, apontam que 306.291 casos foram notificados à OMS em 2023, contra 171.156 em 2022, representando um aumento de 79%. No entanto, a organização destaca que os números reais são muito superiores.

Situação no Brasil

No Brasil, o sarampo voltou a circular em 2018, após o país ter recebido o certificado de eliminação da doença em 2016. Desde então, mais de 39 mil casos foram confirmados entre 2018 e 2022, segundo dados do Ministério da Saúde.

Rio de Janeiro, Pará, São Paulo e Amapá foram os estados que confirmaram casos da doença em 2022. No ano seguinte, o país voltou a não registrar nenhuma infecção por sarampo.

Sarampo no Pará

No Pará, a situação está sob controle, segundo a última atualização divulgada pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) em outubro de 2023. A secretaria informou que o último caso foi registrado em janeiro de 2022, no município de Afuá, no Arquipélago do Marajó.

O Estado apresentou uma queda número de casos confirmados da doença, sendo 4.832 registrados em 2020. No ano seguinte, foram 111 casos confirmados. E, em janeiro de 2022, somente um foi registrado em Afuá.

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O Ministério da Saúde reforça que a maneira mais efetiva de evitar o sarampo é por meio da vacinação. Atualmente, a cobertura vacinal global contra a doença está em 83% o que, segundo Natasha Crowcroft, não é o suficiente. "Precisamos de uma cobertura de 95% para prevenir que casos de sarampo aconteçam", ressaltou.

*(Hannah Franco, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Mirelly Pires, jornalista de OLiberal.com)

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