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Má qualidade do sono pode provocar estresse, burnout e dores físicas, relata estudo

A pesquisa acompanhou 125 pessoas durante 12 meses.

Lívia Ximenes
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Sono com qualidade ruim pode ser um fator que colabora para o surgimento de estresse, burnout e dores físicas. Essa informação é constatada em pesquisa feita por Ludmilla Maria Souza Mattos de Araújo Vieira, Vivian Aline Mininel e Tatiana de Oliveira Sato, denominada “Qualidade do sono como mediadora de burnout, estresse e dor musculoesquelética multirregional em profissionais da saúde: um estudo longitudinal” (”Sleep quality as a mediator of burnout, stress and multisite musculosketal pain in healthcare workers: a longitudinal study”, no original). O estudo, publicado no periódico “Healthcare”, acompanhou 125 pessoas durante 12 meses.

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O levantamento de informações ocorreu durante a pandemia de covid-19 e, considerando o quadro, a investigação foi feita por meio digital. Vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS), os participantes tinham entre 18 e 60 anos. Nos formulários, enviados a cada três meses, utilizou-se o Questionário Psicossocial de Copenhague (COPSOQ II-Br) para definir o estresse, o Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (PSQI-Br) na avaliação do descanso e Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares (QNSO) para sinalizar a presença de dor.

Visando identificar a dor musculoesquelética multirregional (dor nos ossos, articulações e músculos em diversas partes do corpo) nos últimos sete dias e nos 12 meses anteriores, a análise baseou-se em dados acompanhados durante três, seis, nove e 12 meses. Assim, constatou-se que burnout e estresse, somados às dores, eram resultados da má qualidade de sono. Apesar dos dados serem referentes a profissionais da saúde no contexto pandêmico, os índices de influência negativa são considerados em diversas situações.

“O estresse e o burnout já eram comuns nesses trabalhadores antes da pandemia, mas foram agravados pelas dificuldades do período, assim como a piora na qualidade do sono. Nossa ideia, então, foi avaliar todos esses aspectos e verificar se existia uma relação entre eles e os relatos de dores no corpo”, disse Tatiana de Oliveira Sato.

A pesquisadora relatou que estresse e burnout aumentam as chances de dores no corpo, bem como a má qualidade de sono. Para Tatiana, ao analisar profundamente, pode-se observar que aqueles que relatam os dois primeiros problemas citados também acabam com o sono prejudicado.

Na pesquisa, 74% dos 125 entrevistados afirmou não ter um bom sono. Os dados apontaram que esse fator é significantemente associado às dores presentes nos últimos 12 meses. Entre os participantes, 71% trabalhava mais de 30 horas semanais e 66% fazia uso de medicações.

O estresse no trabalho, segundo as cientistas, resulta em impactos negativos no sono. Durante a pandemia, principalmente, a qualidade do sono de profissionais da saúde piorou. No levantamento, 58% das pessoas era parte da equipe de enfermagem e 49% trabalhava em hospital.

Para ler o estudo completo em inglês, clique aqui.

(*Lívia Ximenes, estagiária sob supervisão de Enderson Oliveira, editor de OLiberal.com)

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