Inca estima aumento de cerca de 10% em mortes causadas por câncer de intestino até 2030
A diferença de mortes prematuras estimadas é de aproximadamente 27 mil a mais, sendo 14 mil entre homens e 13 mil entre mulheres
O Instituto Nacional do Câncer (Inca) divulgou uma nova pesquisa que estima um aumento de cerca de 10% no número de mortes prematuras causadas por câncer de intestino entre pacientes de 30 a 69 anos até 2030, no Brasil. O estudo, publicado na revista científica Frontiers in Oncology, comparou o período base de 2011 a 2015 com a projeção de mortalidade para o período de 2026 a 2030. A diferença de mortes prematuras estimadas é de aproximadamente 27 mil a mais, sendo 14 mil entre homens e 13 mil entre mulheres.
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Embora vários tipos de tumores tenham sido analisados, a pesquisa deu destaque ao câncer de intestino, já que apresenta o maior aumento projetado em todas as regiões brasileiras para ambos os sexos. Entre os motivos citados pelos cientistas para explicar o aumento de casos da neoplasia nos próximos anos está o alto consumo de alimentos ultraprocessados, responsáveis pela morte de 57 mil pessoas por ano, segundo estudo feito em conjunto pela Universidade Federal de São Paulo, Universidade de São Paulo, Fiocruz e Universidad de Santiago de Chile.
Alimentos processados aumentam risco de câncer
A oncologista clínica Daiana Ferraz, que faz parte da equipe médica da Cetus Oncologia, clínica especializada em tratamentos oncológicos com unidades em Belo Horizonte, Betim e Contagem, em Minas Gerais, ressaltou que alimentos processados como pizzas, embutidos e refrigerantes, que têm se tornado a primeira opção de muitas pessoas na correria do dia a dia, não são benéficos para a saúde. Além de aumentarem os riscos de câncer de intestino, esses alimentos causam obesidade, diabetes e hipertensão.
Quando procurar um médico?
Segundo Ferraz, os sintomas mais associados ao câncer de intestino são:
- sangue nas fezes,
- alteração do hábito intestinal,
- dor ou desconforto abdominal,
- fraqueza e anemia,
- perda de peso sem causa aparente.
O diagnóstico requer uma biópsia, um exame de pequeno pedaço retirado da lesão suspeita no intestino. Já o tratamento vai depender do tamanho, localização e extensão do tumor, podendo variar desde a possibilidade da cirurgia, da quimioterapia após a cirurgia, ou até mesmo da retirada de metástases com cirurgia, caso existam em menor número.
A médica enfatiza que se detectada precocemente, a neoplasia é tratável e o paciente pode ser curado, desde que a doença ainda não tenha atingido outros órgãos. Para prevenir a enfermidade, é importante manter uma alimentação saudável, praticar atividades físicas regularmente e ficar atento aos casos de câncer na família, que exigem acompanhamento médico mais apurado.
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