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Fiocruz: Alta de casos de síndrome respiratória indica risco de piora da pandemia

As doenças respiratórias registradas pelo boletim são, neste momento, em mais de 90% dos casos, causadas por infecções pelo SARS-CoV-, o novo coronavírus

Agência Estado

Oito das 27 unidades da Federação apresentam sinais de crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) enquanto outras 12 mostram reversão das tendências de queda ou estabilização no número de casos em patamares muito altos. Esses dados do Boletim InfoGripe Fiocruz indicam que há risco de recrudescimento da pandemia de covid-19 nas próximas semanas.

As doenças respiratórias registradas pelo boletim são, neste momento, em mais de 90% dos casos, causadas por infecções pelo SARS-CoV-, o novo coronavírus. A nova edição do boletim diz respeito à semana epidemiológica de número 19, de 9 a 15 de maio. Boletins anteriores mostravam que, mesmo com redução ou estabilidade, os números de casos permaneciam muito altos.

O levantamento mostra sinais de crescimento no Rio de Janeiro, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Tocantins e Distrito Federal. Entre as demais unidades, observa-se indícios de interrupção da tendência de queda na Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, e São Paulo. Também foi verificada tendência de estabilização em Minas Gerais e Piauí, embora nesses dois Estados os indícios não sejam tão claros quanto nos anteriores.

Muitos desses Estados apresentam valores similares ou até mesmo superiores aos picos observados ao longo de 2020. Tais estimativas, segundo o boletim, reforçam a importância da cautela em relação a medidas de flexibilização das recomendações de distanciamento, enquanto a tendência de queda não for mantida por tempo suficiente para que o número de casos caia de forma significativa. A retomada das atividades de forma precoce pode levar a um quadro de interrupção dessa redução em valores muito distantes ainda de um cenário ideal.

Na pior semana da pandemia, de 28 de fevereiro a 6 de março, o número de casos de SRAG por 100 mil era de 15,5. Atualmente, está em 11,4. É um patamar considerado muito alto.

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