Entenda como a dengue hemorrágica se manifesta e as principais formas de prevenção da doença
A dengue hemorrágica pode causar alterações neurológicas, sangramentos, falência de órgãos e morte.
De acordo com os dados do relatório mais recente do Ministério da Saúde divulgado na última segunda-feira (12), o número de casos prováveis de dengue no Brasil ultrapassou meio milhão, com 75 mortes pela doença comprovadas e outras 350 sendo investigadas.
Enquanto a dengue mais comum costuma ser autolimitada e pode ser controlada com tratamento para aliviar os sintomas, a dengue hemorrágicao, o tipo mais grave da doença, requer intervenção médica imediata, monitoramento rigoroso e, em alguns casos, cuidados intensivos para prevenir complicações potencialmente fatais.
Sintomas
De acordo com o Ministério da Saúde, qualquer pessoa com febre súbita (com temperatura alta, entre 39°C e 40°C) e pelo menos duas das seguintes manifestações - dor de cabeça, fadiga, dores musculares ou articulares, e dor nos olhos - deve procurar assistência médica imediatamente.
Entre os quadros de dengue clássica e hemorrágica, a distinção geralmente ocorre entre o terceiro e o sétimo dia, especialmente quando a febre diminui. A dengue grave é rara, mas pode levar ser fatal.
A hemorragia pode se manifestar como sangramento espontâneo na gengiva, boca, nariz, ouvidos ou intestino. Outros sintomas frequentes são dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes, manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade, insuficiência cardíaca e até problemas respiratórios.
A principal causa de morte por dengue é o chamado "choque", que se refere ao estado de choque circulatório. Nele, há uma queda acentuada da pressão arterial seguida de insuficiência circulatória grave. O quadro acontece quando líquidos escapam dos vasos sanguíneos e vão parar nos tecidos ao redor. Esse processo resulta em uma redução significativa da quantidade de sangue em circulação, o que pode causar complicações graves, incluindo a falência de múltiplos órgãos.
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Prevenção da dengue
A principal medida contra a dengue é o controle do vetor, o mosquito que transmite a doença. Para isso, deve-se evitar o acúmulo de água parada dentro de casa, no quintal, em vasos de plantas ou qualquer recipiente com água, onde a fêmea deposita ovos que têm o potencial de se transformar em novos mosquitos adultos.
Para proteção individual, a vacina QDenga está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) (no momento, para crianças de 10 a 14 anos de municípios específicos) e no sistema privado para pessoas entre 4 a 60 anos. Outra opção do sistema privado é a vacina Dengvaxia, que é indicada apenas para quem já teve ao menos uma infecção pela doença.
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