Ecstasy pode ajudar a tratar estresse pós-traumático
Segundo estudo, a droga alucinógena apresentou resultados positivos e animadores no tratamento dos pacientes.
Cientistas associaram o 3,4-metilenodioximetanfetamina (MDMA), substância alucinógena mais conhecida como ecstasy, à terapia em pessoas com transtorno do estresse pós-traumático e constataram resultados animadores. A doença, que possui um difícil tratamento, se caracteriza por depressão, desesperança, problemas de memória, dificuldade de manter relacionamentos e visões recorrentes do evento causador do trauma.
Geralmente, para o tratamento do transtorno, são usados medicamentos antidepressivos que dificultam o neurotransmissor serotonina. Mas o resultado é negativo para cerca de 60% dos pacientes. Segundo os estudos iniciais usando o ecstasy, em 18 semanas os sintomas do estresse pós-traumático melhoraram. Em alguns casos, os voluntários não foram mais diagnosticados com o transtorno ao final do período de estudo.
Cerca de 90 pessoas participaram e todos sofriam com a doença há mais de 14 anos. O grupo incluía pessoas com traumas de combate, vítimas de agressão sexual e/ou violência doméstica, pessoas que passaram por tiroteios em massa e alguns que sofreram traumas na infância.
Não está claro como a substância alucinógena funciona, mas o estudo sugere que ela aumenta a disponibilidade da serotonina no cérebro. Pode ser atribuído à capacidade da droga de tornar as pessoas mais pró-sociais (ou mais capazes de se conectar com outras), melhorando o relacionamento com o médico e tornando a terapia mais eficaz.
Os estudos ainda estão em desenvolvimento para determinar quanto tempo duram os impactos positivos do tratamento com ecstasy. Os resultados não indicam que a intervenção tradicional não pode ser eficaz.
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