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DIU de cobre: conheça os benefícios, riscos e quem pode usar método contraceptivo disponível no SUS

Conheça quais os benefícios e os riscos do DIU de cobre e como solicitar a aplicação do dispositivo gratuitamente por meio do SUS

Júlia Marques
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Nesta semana, a paraense Geana Aline de Souza, de 39 anos, morreu após passar por um procedimento para inserir um DIU (Dispositivo Intrauterino) de cobre em uma clínica particular. A situação chocou pessoas pelo país e levantou o debate sobre as vantagens e os riscos desse método contraceptivo.

Oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o DIU de cobre é um dos métodos contraceptivos de longa duração disponíveis no mercado. Ele é livre de hormônios e pode ser uma opção para aquelas que são sensíveis aos contraceptivos hormonais. Saiba mais sobre o DIU de cobre.

O que é o DIU de cobre?

Escolhido por cerca de 14,3% das mulheres sexualmente ativas no mundo, o DIU de cobre é um método contraceptivo de longa duração e com efetividade acima de 99%, índice maior do que o da pílula anticoncepcional tradicional e que se equivale ao da laqueadura, segundo o Ministério da Saúde (MS).

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Ele é composto por um dispositivo de plástico, geralmente no formato de T ou Y, revestido com cobre na haste vertical e com dois anéis de cobre em cada haste horizontal. 

De acordo com o MS, esse tipo de DIU atua provocando mudanças no endométrio, tecido que reveste o útero, com efeito espermicida que impede que os espermatozoides entrem no útero e fecundem o óvulo. 

Além disso, o DIU de cobre também causa alteração no muco cervical, tornando-o mais espesso para dificultar a mobilidade dos espermatozoides, e afeta na qualidade do esperma, evitando a chegada deles nas tubas uterinas.

Quais as vantagens do DIU de cobre?

Além de ser um método que evita a gravidez por um longo período, podendo ter duração de até 10 anos, o DIU de cobre possui diversas vantagens ao se comparado com outras opções disponíveis, segundo o MS. Entre elas:

  • É um método reversível;
  • Não é hormonal;
  • Pode ser inserido gratuitamente pelo SUS;
  • Pode ser inserido no pós-parto imediato;
  • Pode ser inserido pós-abortamento (induzido ou espontâneo);
  • Pode ser utilizado como contracepção de emergência (em até 5 dias após relação sexual desprotegida);
  • Pode ser retirado a qualquer momento.

Quais as desvantagens e os risco do DIU de cobre?

Assim como os outros métodos contraceptivos, ainda conforme o Ministério da Saúde, o DIU de cobre apresenta desvantagens e pode causar reações dependendo do organismo de cada mulher. Entre elas:

  • Aumento do fluxo menstrual, principalmente nos três primeiros meses de uso;
  • Aumento ou aparecimento transitório de cólicas menstruais, especialmente nos primeiros meses;
  • Possibilidade de expulsão dependendo do organismo de quem o escolhe, sendo mais comum no primeiro ano;
  • Possibilidade de perfuração uterina durante a inserção, sendo uma situação extremamente rara.

Como conseguir o DIU de cobre pelo SUS?

A brasileira que deseja utilizar o DIU de cobre como método contraceptivo pode conseguir ele gratuitamente pelo SUS. Para isso, a paciente deve primeiro procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ou hospital público com atendimento ginecológico para fazer a consulta e realizar os primeiros exames, como: HIV, Hepatites e Sífilis, e outros como o de Preventivo do Câncer do Colo do Útero (PCCU) e BHCG, para investigar uma possível gravidez.

Após a etapa de exames concluída e o interesse pelo método ser manifesto, a paciente será encaminhada e orientada para a realização do procedimento. No dia agendado, a mulher deve se encaminhar para o local informado para a aplicação do dispositivo intrauterino.

Geralmente, depois de 30 dias da aplicação do método, a paciente deverá retornar no local onde foi realizado o procedimento para ver se o organismo se adaptou corretamente ao DIU.

Quais as contraindicações do DIU de cobre?

Apesar dos benefícios, o Ministério da Saúde afirma que a inserção do DIU não é recomendada quando houver a presença de alguma dessas condições:

  • Gestação;
  • Prolapso uterino total;
  • Câncer do colo do útero ou câncer de endométrio;
  • Imunodepressão grave pelo HIV (AIDS nos estágios clínicos 3 e 4);
  • Trombocitopenia severa e outros distúrbios graves da coagulação;
  • Período compreendido entre 48 horas e 1 mês pós-parto;
  • Sangramento uterino anormal de origem desconhecida;
  • Doença trofoblástica gestacional em tratamento;
  • Distorções da cavidade uterina congênitas (malformações uterinas);
  • Distorções da cavidade uterina adquiridas (miomas, pólipos, estenose do colo uterino) quando estas impedem a introdução ou a permanência do DIU no interior da cavidade uterina;
  • Identificação ao exame físico de sinais sugestivos de cervicite, doença inflamatória pélvica aguda, endometrite crônica ou tuberculose pélvica;
  • Alergia ao cobre.

(Júlia Marques, estagiária de Jornalismo, sob supervisão de Vanessa Pinheiro, editora web de oliberal.com)

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