AVC: confira os sinais de alerta e dicas de prevenção

O especialista em neurologia Antônio de Matos explica os tipos de AVC e informa ações que ajudam a despistar se está na presença de um AVC

O Liberal
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O derrame é a segunda maior causa de mortalidade no Brasil e o principal agente de incapacidade no mundo, como apontam dados do Ministério da Saúde. Existem duas categorias: O AVC isquêmico e o hemorrágico, segundo o neurologista. O isquêmico ocorre quando há o entupimento de vasos sanguíneos em alguma área do cérebro, já o hemorrágico acontece quando um vaso intracraniano se rompe. 

Segundo informações do neurologia Antônio de Matos, o AVC Isquêmico causa a falta de circulação vascular na região. O acidente vascular isquêmico é responsável por 85% dos casos de acidente vascular cerebral. Com o AVC Hemorrágico, há extravasamento de sangue para o interior do cérebro. Este tipo de AVC está mais ligado a quadros de hipertensão arterial.

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Entre os sinais de alerta, o mais comum é a fraqueza ou o formigamento na face, no braço ou na perna. Antônio informa que os sinais aparecem, especialmente, em um lado do corpo. Também são consideradas manifestações do derrame por confusão mental, alteração da fala ou da compreensão, além da alteração na visão, no equilíbrio, na coordenação e no andar. Pode ocorrer tontura e dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente. 

“O principal fator de risco para a ocorrência do AVC é a hipertensão arterial. Em seguida, vem, arritmia cardíaca, diabetes, tabagismo, colesterol alto e obesidade. Outros fatores estão relacionados à idade, raça e herança genética”, afirma Antônio. 

É necessário observar quando outros sinais e sintomas surgem em conjunto com outros, como a alteração da visão, dificuldade em andar, tonturas ou perda de equilíbrio e dor de cabeça em grande intensidade e sem causa aparente. Também pode ocorrer sensação de náusea e vômitos durante alguns minutos ou horas, e um breve período de ir responsividade, desmaios, convulsões ou coma. 

Para saber se a pessoa está sofrendo um AVC, o neurologista informa que há algumas ações de verificação. "Peça à pessoa para sorrir. Se notar assimetria da face, ou seja, se o sorriso for só de um lado, pode ser sinal de que o outro lado da cara está paralisado. Também peça para levantar os braços. Se tiver sofrido um AVC a pessoa poderá só conseguir levantar um dos membros", informa. 

 "Fale com a pessoa. Observe se fala com clareza. Pode, inclusive, pedir-lhe para repetir uma frase. Se a pessoa tiver dificuldade em falar ou se as respostas forem incoerentes pode ter tido um AVC. Este é um dos sinais mais comuns. Caso verifique algum dos sinais acima descritos, registre a hora e ligue imediatamente para a emergência", acrescenta. 

Como diminuir o risco de AVC?

O neurologista afirma que praticar atividade física pelo menos 4 a 5 vezes por semana, por 30 a 40 minutos cada vez, é essencial. “Pode fazer a atividade física que você mais gostar! O importante é se mexer!”, afirma.

É importante fazer visitas periódicas ao clínico geral, como forma de obter a certeza de que sua pressão arterial, seu açúcar no sangue e seu colesterol estão em níveis adequados. "Se houver qualquer alteração nestes níveis, não se desespere. O importante é fazer uso das medicações orientadas pelo seu médico, e fazer visitas periódicas a ele, para ter certeza de que está tudo bem", disse o especialista.

O neurologista orienta para as pessoas cortarem o consumo de bebidas alcoólicas em dose excessiva, além de parar de fumar. "Evite o estresse, busque sempre o bem-estar mental e mantenha uma dieta bem balanceada. E, se estiver acima do peso, inicie uma dieta para emagrecer", diz. 

Onde buscar atendimento?

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) informou, por nota, que os casos de internações por Acidente Vascular Cerebral (AVC) são acompanhados pelo Sistema Estadual de Regulação. "A pessoa que sentir os sintomas ligados ao AVC deve procurar uma Unidade de Pronto Atendimento ou Pronto-Socorro. Em caso de necessidade, o paciente será encaminhado para a rede estadual", diz o comunicado. 

A secretaria também informou que toda a rede estadual está apta a receber casos AVC, no entanto, os hospitais de referência são Hospital Regional Abelardo Santos (HRAS), Hospital Ophir Loyola, Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA) e Hospital Regional Público do Leste.

Já a Secretaria Municipal de Saúde de Belém (SESMA) também informou, por meio de nota, que todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município ofertam os serviços de reabilitação e tratamento para pacientes acometidos por Acidente Vascular Cerebral (AVC). "A Sesma reforça, ainda, que desenvolve, nas UBS, um programa voltado para a prevenção da doença, com o monitoramento de pacientes que apresentem fatores de risco, como Hipertensão Arterial Sistêmica", disse o órgão. 

"A Rede de Urgência e Emergência da capital - que inclui as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) do Jurunas, Sacramenta, Terra Firme, Marambaia e Icoaraci - também está habilitada para acolher esses pacientes", informa Sesma. 

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