Dia Mundial de Combate ao Colesterol: veja dicas de especialistas para controlar o colesterol alto
A data descerebrada nesta quinta-feira, 8 de agosto, tem como objetivo promover ações de conscientização e prevenção contra o colesterol alto
Mudança no estilo de vida, com uma alimentação equilibrada e exercícios regulares, é essencial para combater o colesterol alto, que pode ocasionar doenças cardiovasculares, como infartos e ‘derrames’. Especialistas de cardiologia, endocrinologia e nutrição listam alguns cuidados para o controle dessa substância gordurosa essencial para o organismo, nesta quinta-feira (8), no Dia Mundial de Combate ao Colesterol.
Orientações do cardiologista
O médico cardiologista Antonio Monteiro, de Belém, explica que o colesterol participa na formação de células e na produção de hormônios, mas, em níveis elevados no sangue, ele pode se acumular nas paredes das artérias, formando placas, dificultando a circulação sanguínea.
“Esse processo dificulta o fluxo sanguíneo e pode levar ao endurecimento e estreitamento das artérias. Como resultado, o coração precisa trabalhar mais para bombear o sangue, o que pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares, como infartos e ‘derrames’”, relata o especialista.
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O médico afirma que o colesterol alto é um dos principais fatores de risco para doenças cardíacas e nas artérias, fazendo com que essas áreas sofram com dificuldades na circulação sanguínea.
“Essa condição pode levar a uma série de problemas graves, como infarto do miocárdio, quando uma artéria do coração chamada de coronária é obstruída por essas placas, e acidente vascular cerebral (AVC), quando ocorre um bloqueio em uma artéria do cérebro. Além disso, o colesterol alto pode causar doenças arteriais periféricas, onde as artérias das pernas e braços são afetadas, dificultando a circulação sanguínea nessas regiões”, alerta.
“Assassino silencioso”
O colesterol alto geralmente não apresenta sintomas específicos, e, muitas vezes é chamado de "assassino silencioso", porque pode causar danos significativos sem que a pessoa perceba, como destaca o médico Antonio Monteiro.
“Muitas pessoas só descobrem que têm colesterol elevado durante exames de rotina. No entanto, em estágios mais avançados, o acúmulo de placas nas artérias pode levar a sintomas como dores no peito, falta de ar, palpitações, fadiga e tontura. Se um infarto ou AVC ocorrer, os sintomas podem ser mais graves, como dor intensa no peito, fraqueza súbita em um lado do corpo, dificuldade para falar ou compreender, e perda de consciência”, diz.
Endocrinologista explica sobre diagnóstico e tratamento
A médica endocrinologista Rafaela Miranda, também de Belém, aponta que o diagnóstico e acompanhamento do colesterol alto são realizados por meio de exames laboratoriais, para avaliar o perfil lipídico, que são indicados a partir de 10 anos na população geral.
“Quando há histórico familiar de doenças cardiovasculares precoces, o acompanhamento deve ser feito desde os 2 anos de idade. A avaliação do seu risco cardiovascular, que pode incluir a necessidade de realização de exames de imagem, é determinada por um médico especialista, e é essencial para prevenir complicações”, explica.
Um estilo de vida saudável é fundamental na redução dos níveis de colesterol, conforme orienta a endocrinologista. Além disso, ela indica fazer atividade física regular, evitando gorduras saturadas e gorduras trans presentes, por exemplo, no bacon, pele da carne das aves, nata, biscoitos recheados, frituras, salsichas, e embutidos, preferindo alimento in natura como frutas, vegetais, fibras e gorduras insaturadas encontradas no azeite de oliva, oleaginosas como as castanhas e carnes magras.
“É muito importante também manter os outros fatores de risco bem equilibrados, parando de fumar, controlando a glicose, a pressão arterial e reduzindo o peso, quando em excesso”, reforça Rafaela Miranda.
Nutricionista reforça os cuidados com a alimentação
A nutricionista Jamile Barros, de Belém, explica que quando uma pessoa tem um perfil alimentar com grandes quantidades de consumo de alimentos ricos em gordura saturada, o fígado passa a produzir mais colesterol, causando problemas à saúde como o aumento nos índices.
“Uma alimentação saudável atua na regulação do colesterol por meio do consumo adequado e equilibrado dos nutrientes, consumo de pelo menos 3 porções de frutas ao dia, legumes e verduras no almoço e jantar, preferência por alimentos integrais, e redução do consumo de proteína animal e alimentos ultraprocessados. Uma alimentação baseada em plantas atualmente é a principal recomendação para evitar e tratar desordens no metabolismo de gorduras, além de promover outros diversos benefícios”, aconselha a nutricionista.
Lucas Quirino (Estagiário sob supervisão de João Thiago Dias, coordenador do núcleo de Atualidade)
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