CONTINUE EM OLIBERAL.COM
X

Comer pão de forma pode gerar multa após teste do bafômetro; veja a lista das marcas

Pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) apontou que algumas das marcas populares de pão de forma contêm um teor alcoólico alto

Beatriz Rodrigues
fonte

Uma pesquisa, realizada pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), apontou que algumas das marcas populares de pão de forma contêm um teor alcoólico alto. Em três das marcas analisadas, a quantidade de álcool detectada poderia levar motoristas a serem flagrados por embriaguez em testes do bafômetro.

VEJA MAIS:

image Misturar bebidas energéticas com álcool pode afetar a memória e área do aprendizado, aponta pesquisa
A afirmação foi feita após estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Cagliari e da Universidade de Catania, na Itália.

image Pão pode se tornar aliado na prevenção da asma; saiba qual
Um grupo de pesquisadores brasileiros desenvolveu um pão com potencial para prevenir a asma, doença respiratória responsável por cerca de 350 mil internações anuais no Sistema Único de Saúde (SUS)

O estudo do Proteste analisou o teor alcoólico de dez marcas de pão de forma vendidas em supermercados brasileiros. As marcas avaliadas incluíam Pullman, Visconti, Bauducco, Wickbold 5 Zeros, Wickbold Sem Glúten, Wickbold Leve, Panco, Seven Boys, Wickbold e Plusvita. O resultado da pesquisa mostrou que seis marcas poderiam ser consideradas alimentos alcoólicos, caso essa classificação existisse. Na Visconti, por exemplo, foi encontrado um teor de álcool de 3,37%, enquanto na Bauducco foi de 1,17%.

No Brasil, a legislação considera bebidas com mais de 0,5% de teor alcoólico como alcoólicas, um volume significativamente inferior ao encontrado nos pães.

Confira os valores encontrados em cada marca

Marcas Quantidade de álcool medida (em %)
Bauducco 1,17
Visconti 3,37
Panco 0,51
Plus Vita 0,16
Seven Boys 0,50
Wickbold 5 zeros 0,89
Wickbold Leve 0,52
Wickbold SG 0,66
Wickbold 0,35
Pulmann 0,05

Como o álcool vai parar no pão?

O processo para o pão crescer, a fermentação, naturalmente produz álcool. No entanto, grande parte desse álcool é eliminada durante o processo de cozimento. Segundo a associação, o índice alto de teor alcoólico encontrado, se deve a tentativa das empresas de conservar os produtos, evitando o mofo, que é a causa da perda de 10% da produção de pães no Brasil.

Para aumentar a durabilidade do produto e evitar essas perdas, as empresas usam anti-mofos diluídos em álcool. No entanto, a quantidade de álcool utilizada não está sendo devidamente diluída antes de o produto chegar ao consumidor, resultando em altos teores alcoólicos nos pães. A falta de aviso estaria gerando riscos para crianças e gestantes, por exemplo, que estariam consumindo álcool sem saber.

Quais pães apresentam riscos para motoristas e consumidores?

Segundo a lei, o limite máximo permitido em um teste do bafômetro é de 0,04 mg/l. Entre 0,05 mg/l e 0,33 mg/l configura-se uma infração gravíssima, e acima desse valor, um crime de trânsito.

Na pesquisa, a associação analisou o risco de um motorista ultrapassar o limite no teste após comer duas fatias de pão. Três marcas representaram este risco: Visconti, Bauducco e Wickbold 5 zeros.

O que dizem as marcas

Ao portal G1, as empresas envolvidas responderam às alegações feitas pela Proteste. Veja o que disseram, abaixo:

Bauducco e Visconti

A Pandurata Alimentos, responsável pelas marcas Bauducco e Visconti, afirmou que segue rigorosos padrões de segurança alimentar e que possui certificação BRCGS, uma referência global em boas práticas na indústria alimentícia.

Panco

A Panco declarou que desconhece a metodologia do estudo da Proteste e que não utiliza etanol na fabricação de seus pães, embora resíduos não intencionais possam ocorrer durante o processo de fermentação.

Wickbold

O Grupo Wickbold, que também detém a marca Seven Boys, reafirmou seu compromisso com protocolos de segurança e qualidade, e aguarda acesso ao estudo para fornecer mais esclarecimentos.

(*Beatriz Rodrigues, estagiária sob supervisão de Vanessa Pinheiro, editora web de Oliberal.com)

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Saúde
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!