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Cientistas prolongam vida de ratos idosos com transfusões de sangue de filhotes

Os estudiosos buscam identificar quais fatores presentes na circulação do sangue jovem são responsáveis por esse fenômeno de antienvelhecimento

Rayanne Bulhões

Pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade Duke (EUA) conseguiram um feito histórico ao prolongar a vida de ratos idosos com transfusões de sangue de filhotes. O estudo sugere que o sangue jovem pode ser a chave para retardar o processo de envelhecimento, com terapias de rejuvenescimento corporal e no aumento da expectativa de vida humana. 

A pesquisa conseguiu estender a vida útil dos ratos mais velhos de 6% a 10%, o equivalente a seis anos em seres humanos. Os resultados foram publicados na revista Nature Aging. Essas descobertas indicam que os camundongos mais idosos podem se beneficiar de diversos componentes e substâncias químicas presentes no sangue dos jovens, que contribuem para sua vitalidade.

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A pesquisa baseou-se na técnica já existente conhecida como parabiose heterocrônica. Essa técnica envolve a fusão cirúrgica de dois animais de diferentes idades: um de 20 meses e outro de três meses, estabelecendo um sistema circulatório compartilhado entre eles. O estudo teve como objetivo investigar se os benefícios da cirurgia eram de curta duração ou longos

Após a conexão dos sistemas circulatórios dos dois grupos de camundongos, eles foram separados para observar quanto tempo os ratos mais velhos viveriam. Outros estudos paralelos já conseguiram comprovar que a parabiose melhora o cérebro, o fígado e os músculos dos camundongos mais velhos. No entanto, a técnica não havia sido empregada para prolongar a vida desses animais até agora. 

Pontos obsservados no estudo 

Em um período de dois meses, os pesquisadres perceberam que os camundongos mais velhos mantiveram habilidades fisiológicas aprimoradas e viveram 10% mais do que os animais que não haviam passado pelo procedimento. Apesar disso, os pesquisadores alertam que aplicar a técnica de parabiose em seres humanos não apenas é impraticável, mas também antiético, já que isso significaria vincular um indivíduo de 50 anos a um jovem de 18 anos por cerca de oito anos. 

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A partir de agora, os estudiosos querem buscam identificar quais fatores presentes na circulação do sangue jovem são responsáveis por esse fenômeno de antienvelhecimento, ainda desconhecido.

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