Câncer de estômago é o segundo mais comum na Região Norte, aponta INCA
A taxa de ocorrência da doença na região é a mais alta entre todas as do país
Um levantamento recente do Instituto Nacional de Câncer (INCA) revelou que o câncer de estômago é o segundo tipo mais incidente na Região Norte do Brasil, ficando atrás apenas do câncer de próstata. A taxa de ocorrência da doença na região é a mais alta entre todas as do país, o que acende um alerta para a necessidade de reforço nas políticas públicas de prevenção e acesso ao diagnóstico precoce.
A doença, também conhecida como adenocarcinoma gástrico, está relacionada a uma série de fatores de risco, como alimentação inadequada, infecção pela bactéria Helicobacter pylori, histórico familiar e hábitos prejudiciais à saúde — especialmente o consumo frequente de alimentos ultraprocessados, embutidos, salgados e defumados. Esses elementos estão fortemente presentes nos hábitos alimentares típicos da região Norte, o que pode explicar parte da incidência elevada.
"O câncer gástrico está deixando de ser uma doença exclusiva de pessoas mais velhas. Cada vez mais temos atendido pacientes jovens com a doença já em estágio avançado, o que nos preocupa e exige atenção redobrada à prevenção e ao diagnóstico precoce", afirma o Dr. Luis Eduardo Werneck, médico oncologista.
VEJA MAIS
Números Alarmantes
Segundo o INCA, a Região Norte apresenta taxas ajustadas de incidência que ultrapassam as médias nacionais: são 11,78 casos por 100 mil homens e 5,46 por 100 mil mulheres.
Nos estados da região, os dados reforçam esse cenário preocupante:
- Amazonas: 13,85 casos por 100 mil homens
- Pará: 12,76 casos por 100 mil homens
- Amapá: 11,88 casos por 100 mil habitantes
- Rondônia: 12,3 casos por 100 mil habitantes
O levantamento também aponta um aumento de 20% nos diagnósticos entre pacientes com menos de 50 anos em relação ao mesmo período de 2024, indicando uma mudança no perfil epidemiológico da doença.
Quais ois sintomas do câncer de estômago?
Os principais sintomas do câncer de estômago incluem dor abdominal persistente, perda de peso sem causa aparente, azia constante, sensação de inchaço após pequenas refeições, náuseas, vômitos e presença de sangue nas fezes. Devido à semelhança com distúrbios digestivos comuns, muitos casos acabam sendo diagnosticados tardiamente.
"Esses sinais devem ser levados a sério. Em caso de persistência, é fundamental procurar um médico e realizar exames como a endoscopia digestiva alta", orienta Dr. Werneck.
Como prevenir o câncer de estômago?
A prevenção do câncer gástrico está diretamente associada à adoção de hábitos saudáveis: manter uma dieta rica em frutas, verduras e alimentos frescos, reduzir o consumo de sal e carnes processadas, evitar bebidas alcoólicas em excesso e tratar adequadamente a infecção por H. pylori, quando identificada.
Qual o tratamento para o câncer de estômago?
O tratamento pode incluir cirurgia, quimioterapia, radioterapia e, em estágios mais avançados, imunoterapia — uma alternativa promissora que vem demonstrando bons resultados no aumento da sobrevida dos pacientes.
"A informação é nossa maior aliada. Quando o paciente conhece os fatores de risco e os sintomas, ele tem mais chances de buscar ajuda cedo e de melhorar suas chances de cura", reforça o oncologista.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA