MENU

BUSCA

Caminhar ao menos 7 mil passos por dia ajuda a reduzir os sintomas da Asma

Pesquisa, realizada pela FM-USP, contribui para quebrar o costume de evitar que crianças e adultos com asma pratiquem exercícios

Beatriz Rodrigues

Um estudo, realizado por pesquisadores da Faculdade de Medicinada da USP (FM-USP), revelou que caminhar pelo menos 7.500 passos por dia pode contribuir para o controle da asma moderada e severa em adultos, informou a Agência Fapesp.

A pesquisa, publicada recentemente na revista The Journal of Allergy and Clinical Immunology: In Practice, tinha como objetivo estabelecer como a relação da prática de atividade física e o comportamento sedentário podiam modular os sintomas da asma - como dificuldade de respirar, respiração rápida e curta e tosse seca.

VEJA MAIS:

Pão pode se tornar aliado na prevenção da asma; saiba qual
Um grupo de pesquisadores brasileiros desenvolveu um pão com potencial para prevenir a asma, doença respiratória responsável por cerca de 350 mil internações anuais no Sistema Único de Saúde (SUS)

Criança de 10 anos morre após ter ataque de asma em cama elástica
De acordo com os familiares, Warren Dowling estava bem e, antes de sofrer o acidente, brincou com seu irmão mais novo na escola

Mater Dei Porto Dias é referência no tratamento de doenças pneumológicas
Asma, gripe e pneumonia estão entre os problemas pulmonares que mais afetam crianças, adultos e idosos

Durante o estudo, os pesquisadores analisaram dados de 426 pessoas das cidades de São Paulo e Londrina com asma moderada a grave. Os participantes, então, foram divididos em quatro grupos: ativo/sedentário, ativo/não sedentário, inativo/sedentário e inativo/não sedentário.

“Observamos que, quanto mais atividade física a pessoa com asma realiza, melhor é o controle de sua doença”, disse Fabiano Francisco de Lima, pesquisador da FM-USP e um dos autores do trabalho.

Eles perceberam que as pessoas que caminhavam pelo menos 7.500 passos durante o dia apresentaram melhores pontuações na avaliação de controle clínico da doença, independentemente de também apresentarem comportamento sedentário.

A porcentagem de pacientes com asma controlada foi maior nos grupos ativo/sedentário (43,9%) e ativo/não sedentário (43,8%) do que nos grupos inativo/sedentário (25,4%) e inativo/não sedentário (23,9%). Os resultados também sugeriram que fatores emocionais, como ansiedade e depressão, dificultam o controle da doença.

Segundo Lima, o estudo contrubuí para quebrar o costume de evitar que crianças e adultos com asma pratiquem exercícios.

“Contribui para isso ao sugerir a caminhada, atividade simples e sem custo agregado, e vai além, ao oferecer uma espécie de ‘nota de corte’, uma indicação da quantidade real de atividade física que o paciente deveria fazer – 7.500 passos por dia", disse o pesquisador.

(*Beatriz Rodrigues, estagiária sob supervisão de Enderson Oliveira, editor web de Oliberal.com)

Saúde