Um dia na vida de um policial de quatro patas em Santarém

Neste ano, a Polícia Rodoviária Federal apreendeu mais de 100 quilos de drogas em Santarém.

Ândria Almeida

As BRs 163 e 230, que ligam as cidades de Santarém, Itaituba e Altamira são consideradas pela Polícia Rodoviária Federal como rotas para o tráfico de entorpecentes oriundos da América do Sul, Bolívia, Colômbia e Venezuela. Neste ano, na prática de patrulhamento ostensivo, a PRF realizou a apreensão de mais de 100 quilos de drogas só no município de Santarém.

Desse quantitativo, o chefe de comunicação da PRF Sidmar Oliveira, informou que os entorpecentes estão divididos em cocaína, maconha, êxtase e skunk.

O trabalho da PRF é integrado com outros órgãos de segurança, como as polícias Civil e Militar e Batalhão de Missões Especiais, que fornece também o reforço dos cães farejadores, considerados importantes no combate ao tráfico de drogas.

image Legenda (Divulgação/PRF)

Santarém na rota do tráfico

O coordenador da PRF enfatizou que as BRs 230 e 163 são rotas do tráfico de drogas que vem da América do Sul, Bolívia, Colômbia e Venezuela.

 “Esses entorpecentes entram na região amazônica e das BRs 163 e 230, ele passa a ser escoado para a região. Então temos essa rota bem consolidada pelo crime organizado. Nesse sentido, a PRF faz um trabalho ostensivo que resulta na apreensão desse grande quantitativo”, enfatizou.

Reforço de quatro patas

Os criminosos que fazem os transportes de drogas se utilizam de técnicas e artifícios para despistar o odor dos entorpecentes e assim evitar a identificação. Neste caso, a polícia tem um reforço eficaz que são os cães farejadores.

“Eles são de suma importância para o nosso trabalho, haja vista que crime organizado se utiliza de várias situações para transportar esses entorpecentes”, relatou.

Ainda segundo o Sidmar, os entorpecentes são escondidos em diversas partes dos veículos, como dentro de pneus e até mesmo caixa de som. “O cão farejador consegue identificar os entorpecentes nesses locais, aponta para a gente e dá uma certeza para que a gente consiga direcionar nossas fiscalizações”, detalhou.

O sargento Leão é quem responde pelo comando do canil do Batalhão de Missões Especiais. No local, os cachorros são treinados desde filhotes. Eles são divididos nas áreas de atuação de cães de guarda e farejadores.

Para que o cão seja formado, ele passa pela rotina de treinamento que começa com cerca de 3 meses até um ano e meio de vida. Atualmente, o canil conta com 6 cães, entre filhotes em treinamento e formados.

“Nós fornecemos o apoio com os cães, para as polícias Civil, Federal, PRF, temos essas missões de apoio e parceria com esses órgãos”, declarou.

Ele explica que os cães têm a capacidade de memorizar milhões de odores diferentes e mesmo que os criminosos tentem disfarçar o cheiro das drogas com outros odores, não obtém sucesso. “Existem alguns criminosos que tentam ludibriar nosso trabalho, mas nossos cães são treinados para ir ao odor principal que é o entorpecente, já trabalhamos essa parte de discriminação de odor dentro do treinamento”, enfatizou.

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