MENU

BUSCA

Projeto faz arrecadações e acolhe pessoas que vivem com HIV e Aids no Pará

Sem fins lucrativos, a organização tem um bazar, e todo dinheiro arrecadado é direcionado para a compra de remédios dos pacientes

Elisa Vaz

A discriminação é um dos principais obstáculos para a prevenção, tratamento e enfrentamento ao HIV (sigla em inglês para “vírus da imunodeficiência humana”) e à Aids (Síndrome da Imunodeficiência Humana, transmitida pelo HIV). Quem vive com o parasita ou tem a doença é consciente de que, em muitos casos, as complicações da enfermidade não chegam perto do estigma social que o paciente pode sofrer. É contra isso que a Organização Não-Governamental (ONG) Arte pela Vida atua há 26 anos na Região Metropolitana de Belém, com ações voluntárias em prol das pessoas que vivem com HIV ou Aids.

LEIA MAIS:

Ao longo dos anos, a portadora do vírus viu o preconceito afastar as pessoas dela: pararam de abraçá-la, de pegar em sua mão, passaram a limpar os locais onde ela tocava. “Mas eu entendo hoje, as pessoas não tinham muito conhecimento. O que não entendo é, no século XXI, a humanidade com essa mentalidade. Não mudou. As pessoas continuam com uma carga de preconceito muito grande, o que faz com que muitos de nós, com HIV, se isolem”, opina. “Agora estamos protagonizando essa história, porque antes quem falava por nós eram pessoas que não tinham HIV. E hoje somos nós. Com certeza fazemos a diferença na vida das pessoas, já ajudamos muita gente, tanto com os projetos sociais quanto pelas nossas experiências de vida”, relata.

Dados 

Em resposta à reportagem, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) informou que, de acordo com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde, em 2019 foram diagnosticadas 2.759 pessoas com HIV no Pará; em 2020, foram registrados 2.580 casos; e em 2021 houve 3.227 registros. Quanto à média de diagnósticos, o número ficou em 229 ocorrências por mês em 2019, 215 casos mensais em 2020 e chegou a 268 diagnósticos por mês em 2021. Atualmente, no Estado, 24.575 pessoas estão em tratamento nos Serviços de Atenção Especializada. Dados do Sistema de Informação Sobre Mortalidade ainda apontam que, em 2012, foram notificadas 708 mortes pelos agravos da Aids e, em 2022, até julho, 325 óbitos pelo mesmo motivo.

Como ajudar

Por meio de doações:

Livros, CDs, vinis, roupas, sapatos, objetos de decoração, cadeiras de rodas, fraldas, objetos de higiene pessoal e outros itens disponíveis.

Comitê Arte Pela Vida, na travessa Rui Barbosa, 1023, entre José Malcher e Boaventura da Silva ou em outro local a ser combinado

Por meio do PIX:

Celular (91) 98250-6161, no nome de Davison José Porteglio

Responsabilidade Social