Loja colaborativa fortalece o empreendedorismo feminino em Belém
Ideia reúne 13 donas de pequenos negócios que buscam espaço no mercado e encontram na oportunidade uma forma de crescimento
O empreendedorismo feminino está crescendo e já alcançou a marca de 10,3 milhões de mulheres dentro do mercado no Brasil. O número, divulgado pelo Sebrae, corresponde a 34% do total de brasileiros donos de negócios. Esse espaço cada vez mais conquistado é fruto de esforço e iniciativas que apoiam o crescimento delas dentro do setor, como é o caso da loja colaborativa Elas no Parque, localizada em um shopping de Belém, reunindo 13 empreendedoras de diversos segmentos.
Movimento impulsiona outras mulheres
Márcia empreende há cerca de 10 anos e alia a rotina ao trabalho de consultora ambiental. Além do gosto pelo artesanato, ela conta que a experiência é uma forma de contribuir para a sociedade, “principalmente porque nós sabemos que as mulheres são guerreiras, elas precisam de outras que tem uma oportunidade melhor. Nós temos histórias de mulheres que estão se reinventando. A pandemia foi algo muito triste. Muitas encerraram seus negócios, Entendemos que é o nosso papel, é a nossa contribuição social”.
“Hoje em dia, a gente sabe que o mercado, praticamente a maior parte, é sempre feminina. A mulher sempre consegue desenvolver essa habilidade de empreender facilmente. A gente viu que nas feiras a maioria era mulheres. A gente procura sempre buscar tudo que é feito aqui em Belém e feito por mulheres. Às vezes, uma marca tem mais de uma menina, são sócias e a gente procura coisas que são diferentes e que tem essa pegada regional”, completa Alana.
O toque regional para o negócio veio ao longo da experiência. Isso porque as empreendedoras perceberam a grande procura - e consequente carência - de produtos relativos à cultura do Pará. “A gente foi criando essa visão de que tudo que era voltado realmente para nossa cultura, não só feito aqui, era muito mais atrativo. As pessoas gostavam mais e precisavam de um lugar, de um ponto em Belém que fosse voltado para a cultura mesmo”.