Coreógrafos contam sobre a paixão e o processo criativo para o Rainha das Rainhas

Marcelo Riva e Paulo Kaputiny têm uma história no concurso

Bruna Lima
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Está de volta o maior concurso de fantasia de carnaval, Rainha das Rainhas, depois de dois anos suspenso. E os preparativos já começam a movimentar os bastidores. Fantasias, trilhas e as coreografias, que estão inseridas no quesito apresentação cênica. A reportagem conversou com dois coreógrafos sobre o trabalho que é realizado e sobre suas histórias com o concurso. O Rainha das Rainhas será no dia 11 de fevereiro e poderá ser acompanhado pelo Hangar Centro de Convenções ou pela transmissão ao vivo da TV Liberal e oliberal.com.

O coreógrafo Marcelo Riva tem uma história antiga com o concurso, pois desde a adolescência, sempre teve vontade de se envolver com o evento de alguma forma, pois ele já era do universo da dança. Até que em 1995 ele teve o primeiro contato com um dos estilistas, Hélio Alvarez.

"Me mostrei a ele e eu pedi para fazer qualquer coisa, só para participar de alguma forma, mas logo em seguida fui morar na França", recorda o coreógrafo. Depois das reviravoltas que a vida dá, em 2009 Marcelo conseguiu ter a primeira atuação como coreógrafo. O convite oficial foi para o amigo Wendel Campos, que também é coreógrafo, mas como ele estava com muitos compromissos, pediu o apoio de Marcelo Riva.

"Fiquei muito feliz por ele ter me colocado nessa parceria, o convite foi do Grêmio e na hora aceitei", completa. O clube já participou há 25 anos do concurso e ainda não tinha levado nenhum título, na estreia de Riva o clube levou o primeiro título. "Foi uma grande festa de desde esse ano eu faço parte da equipe", destaca Riva.

Para Marcelo Riva, a coreografia, que faz parte do quesito apresentação cênica, é um item de grande importância, pois faz parte do conjunto da obra. A atuação da candidata naquele momento ajuda a contar a história da fantasia. "O concurso avalia uma série de coisas e a coreografia é mais um dos trabalhos, por isso, existe um trabalho de pesquisa e ensaio", completa.

O coreógrafo Paulo Kaputiny trabalha há três anos com o clube Guará Aqua Park, mas antes já trabalhou com a Tuna, Clube do Remo e entre outros clubes. Ele diz que os envolvimentos diretos com a Rainha das Rainhas começaram em 2013. "O concurso nos dá muitas oportunidades, serve de vitrine para o nosso trabalho", diz o coreógrafo.

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Sobre o processo criativo, Paulo diz que trabalha em três fases. A primeira é a construção da coreografia, a segunda é a expressão facial e a terceira é a limpeza dos movimentos. "Nós começamos o trabalho, geralmente, dois meses antes do concurso, pois é todo um processo e precisamos viver isso ao lado do candidato", explica.

O trabalho de coreografia é afinado junto ao estilista, pois é o estilista quem define o tema, a fantasia e, consequentemente, é criada a coreografia. "Eu crio a coreografia, mas todo o trabalho é realizado em equipe e nesse período a gente já fica cheio de compromisso o concurso causa esse movimento todo e estamos muito felizes em poder retornar", destaca Paulo.

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