Primeiro Terminal de Gás Natural da Amazônia é entregue

A novidade pode trazer geração de emprego e recursos à região

Maycon Marte | Especial para O Liberal
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A inauguração do primeiro terminal de gás natural liquefeito (GNL) da Amazônia projeta uma nova fonte de recursos e geração de empregos na região. A cerimônia de inauguração aconteceu na quarta-feira, 28, no porto de Vila do Conde, onde a unidade flutuante ficará. Estiveram presentes o governador do Estado, Helder Barbalho, e o representante do Ministério de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira de Oliveira.

Responsáveis pela distribuição do gás natural no estado, a companhia Gás do Pará usará suas estações, também localizadas em Barcarena, para levar o gás produzido aos clientes no setor industrial e termelétrico. O presidente da companhia, Fernando Flexa Ribeiro, ressalta que “a Companhia de Gás do Pará está em processo de contratação com empresas dos segmentos industrial e termoelétrico”. A previsão é de que essa movimentação se inicie já no primeiro trimestre de 2024.

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“Para além da utilização de uma nova matriz energética, nossa missão é conquistarmos mais oportunidades de negócios, emprego e renda para a Amazônia", afirma o representante. De acordo com Flexa, entre outros benefícios, a novidade amplia as possibilidades de mercado na região. “No Brasil, além do gás natural já ser utilizado nos segmentos industrial e termoelétrico, existe um grande potencial de elevação do uso do GN nos demais setores da siderurgia, mineração e etc”. Ainda aponta que a partir dessa visão de um futuro promissor, “a Companhia de Gás do Pará não mediu esforços para atrair o Terminal de GNL para a região, em consonância com o Governo do Estado”, destaca Flexa.

Investimento e Futuro

Segundo Leandro Cunha, diretor geral da empresa de gás natural liquefeito, New Fortress Energy (NFE), encarregada da administração do terminal, já existem interessados na produção de gás do empreendimento. “Atualmente, temos a Hydro Alunorte como principal cliente do terminal, e vários interessados na compra de gás”, destaca. No entanto, ressalta que por razões estratégicas não divulgam os nomes de possíveis clientes.

“Com a maior oferta de gás, é esperado que a expansão de determinados setores impulsione a contratação de mão de obra local”, destaca. De acordo com o representante da administradora, “foi feito um investimento de R$300 milhões de capital próprio na construção do terminal”, valor que refletirá na geração de empregos e consequentemente na economia da região. A NFE também pontua que a abertura de novos postos de trabalho é “consequência das novas oportunidades geradas pelo aumento das oportunidades de negócios na região".

O terminal mede aproximadamente 300 metros de comprimento, foi construído por 70% de mão de obra paraense. A sua capacidade de regaseificação chega a 15 milhões de metros cúbicos diários, o equivalente a 22% de toda a demanda por gás natural do país em 2022. Cunha ainda enfatiza a parceria de instituições financeiras na arrecadação de investimentos para o projeto. “Para a térmica a gás, que faz parte do projeto e ficará pronta em 2025, foi feito um desembolso de R$2.5 bilhões, em parceria com bancos financiadores como o BNDES”, explica.

Em busca de novas oportunidades para o setor na região, a NFE explica sobre o futuro dos investimentos na região. “O Norte tem papel central na operação brasileira. Temos planos de expandir na região, aumentando a oferta de gás não só para o Pará, como para estados vizinhos”.

Representantes

A respeito do processo de transição energética do Pará, o governador fez declarações sobre a necessidade de mudanças socioambientais para que o Estado alcance níveis mais altos de preservação ambiental. “A escolha do Pará para a conciliação de suas vocações se dá acima de tudo pela implementação de iniciativas que permitam com que novas economias, como o mercado de carbono, possam ser estratégias incrementadoras de geração de emprego e de valorização do nosso ativo florestal”, afirma o representante. Para o governador é importante “a partir da Amazônia, construir um futuro melhor ao Brasil”.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, também projetou um futuro com mais políticas públicas ambientais na Amazônia. “O Pará tem dado ao Brasil a sua jovem, mas aguerrida gestão, com reflexos em todo o país. Sua estratégia em desenvolvimento econômico com resultados efetivos para a sociedade e a sua defesa incansável pela sustentabilidade, tem total sinergia com o que estamos construindo no âmbito nacional”, ressaltou

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