Vereadores aprovam alternância entre homens e mulheres ao escolher nomes de ruas

Segundo o projeto, a cada homenagem em nome de rua ou espaço público com nome masculino, o subsequente terá que ser feminino.

Redação Integrada

Foi aprovado em segundo turno, pela Câmara Municipal de Belém, o Projeto de emenda à Lei Orgânica do Município (LOMB) que prevê alternância em homenagens para homens e mulheres, ao definir nomes de ruas e outros espaços públicas da capital. Ou seja, a cada homenagem em nome de rua ou espaço público com nome masculino, o subsequente terá que ser feminino. A proposta é do vereador Emerson Sampaio (PP) e foi defendida por outros parlamentares, da tribuna. 

"A gente não pode partir de uma situação que pense que há equidade no peso da representação feminina. Não é verdade isso. Se a gente chegasse num nível que tivesse metade de vereadoras mulheres, a gente podia pensar que há equidade política. Essa sub-representação política é histórica. Então, qualquer projeto que a gente faça pra tentar reparar isso é louvável. Vamos fazer esse levantamento, quais são os logradouros da nossa cidade que tem nomes de mulheres? Pouquíssimo. Para a gente chegar num momento de reparar essa injustiça histórica, a gente precisa de uma ação política. Acho que isso é fundamental para representação de gênero", declarou Fernando Carneiro (PSOL).

Para Lívia Duarte (PSOL), não existe regra que seja capaz de reparar hoje o apagamento histórico das mulheres na sociedade e nem de redimir a sub-representação das mulheres de maneira automática. Mas passos como o projeto votado pela Câmara são fundamentais no sentido de reflexão. "Ainda fico chocada com o incomodo que algumas discussões apontam. É muito importante que a gente entenda que o momento histórico nos dá poder para reparar isso. Eu espero que a gente consiga refletir, porque lugares e privilégios nunca são confortáveis de ser deixados, mas a reflexão é o primeiro passo pra mudança. A gente precisa votar, dizer que é excelente, e sobretudo nos imbuir da reflexão que os passos são daqui pra frente". 

Miguel Rodrigues (Podemos), acredita que o projeto contribui para que haja igualdade entre homens e mulheres. "Nada mais do que justo que a cada projeto nós possamos identificar uma pessoa do sexo masculino e, automaticamente, o próximo do sexo feminino".

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