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Trump pressiona Ucrânia por acordo de exploração mineral em meio a tensões diplomáticas

Acordo proposto pelo presidente dos EUA permite a exploração de minerais por empresas norte-americanas no país

Hannah Franco | Especial em OLiberal

A negociação de um acordo para a exploração de terras raras na Ucrânia tem sido um dos temas centrais entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky. Neste sábado (2), Trump voltou a pressionar a Ucrânia para aceitar o acordo, que permitiria que empresas norte-americanas explorassem minerais no país. 

A justificativa do governo norte-americano é que essa medida garantiria uma posição estratégica contra a Rússia e ajudaria a evitar um avanço militar de Moscou sobre o território ucraniano. Uma reunião conturbada, realizada na última sexta-feira (28) na Casa Branca, terminou em um bate-boca entre os dois chefes de Estado, evidenciando divergências sobre os rumos da guerra e a relação estratégica entre os países.

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O presidente dos EUA compartilhou um texto na Truth Social, rede social conservadora, argumentando que a presença de empresas americanas na Ucrânia poderia dissuadir ataques russos, pois "colocaria vidas norte-americanas em risco em caso de invasão".

A proposta de Trump também está alinhada às críticas do republicano sobre o volume de recursos enviados pelos EUA para apoiar Kiev. O presidente defende um cessar-fogo imediato entre a Ucrânia e a Rússia e sugere que, em troca de apoio estratégico contra Moscou, Washington tenha acesso privilegiado às riquezas minerais ucranianas, conhecidas como o "ouro do século 21". Atualmente, cerca de 80% dos minerais raros usados na indústria americana são importados da China, o que reforça o interesse de Trump em ampliar a produção interna e buscar novos fornecedores.

Encontro de Trump e Zelensky

O encontro entre Trump e Zelensky foi marcado por momentos de tensão e troca de acusações. Durante a reunião no Salão Oval, o presidente ucraniano demonstrou desconfiança sobre as intenções russas e chamou Vladimir Putin de "assassino". Trump, por sua vez, aumentou o tom de voz e acusou Zelensky de "apostar com a vida de milhões de pessoas" ao recusar um acordo de paz. "Ou vocês fazem um acordo ou estamos fora. E se estivermos fora, vocês terão que lutar sozinhos", afirmou o presidente norte-americano.

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A situação ficou ainda mais delicada quando o vice-presidente americano, JD Vance, interveio, pedindo respeito ao encontro. "Senhor Presidente, com todo o respeito, acho desrespeitoso da sua parte vir ao Salão Oval e tentar debater isso diante da mídia americana", declarou Vance. Diante da escalada do bate-boca, Trump encerrou abruptamente a reunião e ordenou que Zelensky e sua comitiva deixassem a Casa Branca imediatamente.

Após o encontro, Trump fez uma nova postagem na Truth Social, acusando Zelensky de desrespeitar os Estados Unidos e afirmando que ele só será bem-vindo de volta quando "estiver pronto para a paz". O presidente ucraniano, por sua vez, cancelou todas as suas aparições públicas em Washington e saiu da Casa Branca sem conceder entrevistas.

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