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'Total confiança', diz Lula sobre Alckmin comandar país enquanto presidente faz cirurgia

Por conta de compromissos internacionais, o petista só fará o procedimento em outubro

O Liberal

Depois de admitir que dores no quadril estão atrapalhando sua vida e seu trabalho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que vai marcar para outubro deste ano um procedimento cirúrgico, por conta de compromissos internacionais que tem nas próximas semanas. Durante o afastamento, quando o chefe do Executivo brasileiro estará em recuperação, o cargo será ocupado interinamente pelo vice, Geraldo Alckmin (PSB).

"O que me sobra de tempo é outubro. Eu tenho que calcular bem. É uma cirurgia razoavelmente rápida, de duas horas e meia. Depois, vai depender da minha disciplina de recuperação. Enquanto eu estiver me recuperando, o Alckmin fica no comando. Eu tenho total confiança. Ele é um parceiro extraordinário e, enquanto isso, o Brasil vai em frente", declarou Lula.

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Durante sua live semanal, a Conversa com o Presidente, nesta terça-feira (25), o mandatário disse que está "como jogador de bola que não quer dizer para o técnico que está sentindo uma dor, para não ir para o banco".

Ele ainda explicou as dores: "Eu tenho um problema na cabeça do fêmur. Faz tempo que eu tenho isso. Uma vez, um médico me disse o seguinte: ‘Olha, presidente, a cabeça do fêmur, essa dor no quadril, só quem vai decidir operar é o senhor, porque o senhor sabe o limite da sua dor", relatou o titular da República.

Lula ainda disse que ficou motivado a fazer a cirurgia após ouvir relatos de quem já passou pela situação. "A nossa senadora Leila [Barros, do PDT-DF] operou o quadril. Ela vive me mostrando a radiografia dela, para mostrar que é uma cosia simples. Esses dias eu estava cortando o cabelo, e o companheiro que corta disse: ‘Presidente, eu fiz em setembro do ano passado, eu não conseguia mais sequer calçar o sapato, [agora] eu estou inteiraço outra vez, até fazendo esteira'", lembrou.

"Eu quero fazer a cirurgia porque eu não quero mais ficar com dor. Ninguém consegue trabalhar com dor o dia inteiro. Eu sinto que, às vezes, estou com mau humor com os companheiros. Tenho que ficar o dia sorrindo, às vezes eu não consigo nem falar. Fica visível no meu rosto que eu estou irritado, que eu estou nervoso. Aí você vai ficando uma pessoa incômoda, uma pessoa chata, que ninguém quer dar bom dia com medo de tomar esporro”, relatou Lula.

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