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Sudam terá pela 1ª vez comitê regional de bancos para aprovar e financiar projetos na Amazônia

Reunião do Conselho Deliberativo da Sudam terá como destaque a criação do Comitê Regional das Instituições Financeiras Federais da Amazônia Legal (CORIFF), que promete facilitar o acesso ao financiamento de projetos sustentáveis na região.

Jéssica Nascimento
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A Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) promove, neste mês de abril, a 30ª Reunião do Conselho Deliberativo (Condel), em Belém. Entre os pontos de destaque, está a proposta de criação do Comitê Regional das Instituições Financeiras Federais da Amazônia Legal (CORIFF), um novo fórum que reunirá bancos públicos como o BNDES, Banco do Brasil, Caixa Econômica e Banco da Amazônia para aprovar e financiar projetos na região. A iniciativa, que tem como foco o fomento ao desenvolvimento sustentável da Amazônia Legal, deve acelerar investimentos essenciais em áreas como infraestrutura, saúde, educação e biotecnologia.

A criação do CORIFF tem como objetivo proporcionar uma maior integração entre o setor público e as instituições financeiras, facilitando o acesso a financiamentos e tornando o processo mais ágil e eficiente. Além disso, também será discutido o planejamento de investimentos federais para 2025 e a implementação de uma consulta pública sobre os fundos FNO (Fundo Constitucional de Financiamento do Norte) e FDA (Fundo de Desenvolvimento da Amazônia) para 2026.

CORIFF: O novo comitê para viabilizar o desenvolvimento da Amazônia

A partir da aprovação do CORIFF, o Conselho Deliberativo da Sudam dá um passo importante na busca por uma governança mais eficaz para o desenvolvimento da Amazônia Legal. 

Jorgiene Oliveira, diretora de Planejamento e Articulação de Políticas da Sudam, destaca que a criação do Comitê Regional das Instituições Financeiras Federais permitirá uma maior articulação entre os bancos e o poder público, facilitando a aprovação e o financiamento de projetos.

"Estamos falando de um comitê presidido pelo BNDES, envolvendo outras instituições financeiras como o Banco do Brasil, a Caixa Econômica e o Banco da Amazônia, para agilizar o financiamento de projetos estratégicos da região", explicou Jorgiene. 

image Jorgiene Oliveira. (Foto: Wagner Santana)

Ela também ressaltou que a nova estrutura contribuirá com os cerca de R$ 6 bilhões previstos na carteira de projetos do Plano Regional de Desenvolvimento da Amazônia (PRDA) 2024-2027.

Fomento e desenvolvimento sustentável: um passo mais próximo da realidade

Paulo Rocha, superintendente da Sudam, afirmou que o CORIFF tem como principal objetivo não apenas gerar empregos, mas promover uma verdadeira geração de renda. 

"A agricultura familiar, por exemplo, não precisa de emprego, mas de oportunidades de produção e valorização do seu produto", disse ele. 

image Paulo Rocha. (Foto: Wagner Santana)

Além disso, o superintendente enfatizou a importância de integrar diferentes setores da economia, do grande ao pequeno empreendedor, para fomentar o desenvolvimento sustentável da Amazônia.

Para o prefeito de Bagre, Clebinho Rodrigues, a criação do CORIFF representa uma oportunidade única para o Marajó e outras regiões do Norte. 

"A ideia é criar políticas públicas e atrair investimentos para o Marajó, especialmente na área de infraestrutura e turismo, para promover o crescimento econômico e melhorar a qualidade de vida da população", afirmou Clebinho.

image Prefeito de Bagre, município paraense da messoregião do Marajó. (Foto: Wagner Santana)

O papel fundamental dos fundos FNO e FDA

Além da criação do CORIFF, outro ponto importante da reunião do Condel será a discussão sobre os Fundos Constitucionais de Financiamento do Norte (FNO) e o Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA) para 2026. 

Valder Ribeiro, secretário-executivo do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, destacou que a utilização eficaz desses fundos pode abrir novas alternativas de financiamento para projetos na região.

image No centro da foto, Valder Ribeiro, secretário-executivo do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional. (Foto: Wagner Santana)

"O comitê permitirá uma governança mais transparente, garantindo a aplicação dos recursos de forma eficiente e acessível a todas as categorias da Amazônia Legal", afirmou Ribeiro. 

Ele também ressaltou a importância da inclusão de diversos atores no processo, como ribeirinhos, quilombolas e a sociedade civil, para garantir um planejamento mais eficaz e justo.

Desafios regionais e a visão local sobre os investimentos federais

Em relação aos desafios enfrentados pelos estados da Amazônia, os gestores locais também ressaltaram a importância de um planejamento integrado. 

O vice-governador de Roraima, Edilson Damião, destacou as dificuldades logísticas enfrentadas pelo estado, como o elevado custo do transporte, que impacta diretamente no setor de construção civil. "Roraima tem a particularidade de estar distante dos grandes centros comerciais, e isso precisa ser considerado no planejamento de investimentos", comentou Damião.

image No centro da foto, vice-governador de Roraima, Edilson Damião. (Foto: Wagner Santana)

Essa visão local também se reflete em Bagre, no Marajó, onde Clebinho Rodrigues destacou a necessidade de investimentos em infraestrutura básica, como saneamento e educação, para potencializar o desenvolvimento da região. "Precisamos criar políticas fiscais que ajudem a atrair empresas e gerar mais oportunidades de emprego e renda para a população", concluiu o prefeito.







 

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