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Simone Tebet promete acabar com a fome, a miséria e diminuir a pobreza

Candidata ao Planalto defende diálogo e transparência, agenda social e programa de distribuição de renda

O Liberal

A 37 dias das Eleições, em 2 de outubro próximo, a candidata do MDB à Presidência, Simone Tebet, foi a quarta e última entrevistada do Jornal Nacional, esta semana. No estúdio da TV Globo, na noite desta sexta-feira (26), no Rio de Janeiro, ela defendeu investimentos na educação pública, transferências de renda, e a reforma tributária, entre outras medidas, ''para acabar com a fome, diminuir a pobreza e erradicar a miséria no Brasil'', conforme afirmou.

Na sabatina dos jornalistas William Bonner e Renata Vasconcellos, Simone Tebet foi questionada sobre a cultura de fisiologismo do partido dela (decisões tomadas em troca de favores), e da permanência de antigos políticos na sigla, após terem se envolvido em escândalos de corrupção. 

"Tem sim uma meia-dúzia que esteve envolvido no passado no escândalo do Petrolão do PT, que não estão conosco", disse a candidata. William Bonner pontuou que a candidatura dela à Presidência não teve apoio de líderes da sigla em 9 estados e no Distrito Federal, um universo enorme de 51 milhões de eleitores.

Ela respondeu ao jornalista com a justificativa da polarização. "Nós estamos diante de uma polarização política e ideológica que está levando o Brasil para o abismo, em compensação eu tenho muitos prefeitos desses estados nos apoiando", afirmou, citando o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes; o de Porto Alegre, Sebastião de Araújo Melo; e o governador do Estado de São Paulo, Rodrigo Garcia.

Mulher na política

Renata Vasconcelos indagou o fato de Tebet prometer um Ministério com número igual de homens e mulheres e o MDB não estar alinhado com a proposta dela, por ter nestas eleições de 2022, 66% de candidatos homens e 33% de candidatas mulheres.

Ela rebateu dizendo que a postura conservadora da sigla, de só cumprir a cota da representatividade feminina, é também das outras legendas partidárias. Tebet citou os cargos assumidos por ela na trajetória política.

"Eu fui a primeira mulher presidente da Comissão de Combate à Violência contra a Mulher", afirmou, acrescentando que as mulheres conseguiram avanços, com a aprovação da reserva de pelo menos 30% dos recursos do Fundo Eleitoral, para financiar candidaturas femininas. A proposta aprovada em maio passado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), também, entendeu que o mesmo percentual deve ser considerado em relação ao tempo destinado à propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV.

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Tebet também foi indagada sobre como vai assegurar o que promete no programa de governo, a exemplo de criar um programa permanente de distribuição de renda, erradicar a miséria, zerar a fila do SUS e construir um milhão de casas. William Bonner lembrou que o ambiente econômico, para o próximo governo, seja quem for o presidente, será "hostil", de desequilíbrio'', nas palavras do apresentador do Jornal Nacional.

Simone Tebet disse: "a solução é muito simples. Nós temos a melhor equipe de economistas do Brasil. Então, nós temos um compromisso fiscal, mas como meio para se alcançar a responsabilidade social. A Agenda prioritária, o eixo do meu governo, são as pessoas. Erradicar a miséria, diminuir a pobreza e acabar com a fome no Brasil. É inadmissível o Brasil que alimenta o mundo, nós alimentamos o planeta terra e, nós temos a incapacidade de alimentar os nossos filhos. Hoje, quando nós sairmos daqui, 5 milhões de crianças vão dormir com fome".


Orçamento secreto

A candidata prometeu também acabar com o orçamento secreto, a prática iniciada em 2020 no Congresso Nacional para destinação de verbas públicas a projetos definidos por parlamentares. O nome orçamento secreto surgiu na mídia devido a falta de transparência quanto aos valores de cada repasse e dos nomes dos parlamentares envolvidos. 

Bonner enfatizou, porém, que o orçamento secreto (R$ 20 bilhões) não está nas mãos do presidente e perguntou, "o eleito terá que convencer o Congresso a abrir mão do poder que tem hoje com o orçamento secreto, como fazer isso?". A candidata respondeu. "Vamos lá, não é só com o diálogo, mas com transparência", afirmou.

"Um único ato, uma portaria exigindo que todos os ministros abram as contas de seus ministérios, na hora que a população ver o Ministério Público e o Tribunal de Contas ver, por exemplo, que a maioria desses recursos está indo para o município mais pequenininho e o serviço não chega lá, quem é que foi que mandou? (...) A partir do momento que a gente abre essas contas, a gente basicamente coloca os órgãos de controle e o orçamento secreto acaba rapidinho" garantiu Tebet.  

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