Sérgio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro, deve sair segunda-feira da cadeia
A informação foi confirmada pela defesa do política, que informou, ainda, que ele irá permanecer em prisão domiciliar
O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral deverá deixar a cadeia apenas na segunda-feira (19) e ficará em prisão domiciliar em um imóvel da família dele em Copacabana. A informação foi confirmada pela defesa do político na manhã deste sábado (17). O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela sua soltura por considerar excessivo o tempo de prisão preventiva em uma das ações de que ele é alvo.
Preso desde 2016, Cabral cumpria prisão preventiva por conta de um processo da Lava Jato que tramita em Curitiba. A Segunda Turma da Suprema Corte avaliou, porém, que a prisão preventiva, que deveria ser temporária até uma decisão definitiva (em última instância), já se estendia muito. Para o ministro do STF Gilmar Mendes, a prisão dele "representava a antecipação do cumprimento da pena".
A defesa do ex-governador aguarda a expedição do alvará de soltura pela Justiça Federal do Paraná, o que deve acontecer em breve. O advogado Daniel Bialski, que defende Cabral no caso, acredita que ele só consiga sair da prisão na segunda-feira, pelo final da tarde, em razão dos trâmites.
Bialski informou, ainda, que o ex-governador teve a prisão preventiva transformada em domiciliar em outros processos, relativos à Operação Eficiência, em dezembro de 2021, sobre ocultação de patrimônio ilegal, e, em março deste ano, no processo da Operação Calicute.
Para que Cabral seja solto, o STF precisa enviar um comunicado sobre a decisão pela liberação do Cabral à Justiça de Curitiba, onde correm os processos. O alvará de soltura terá que ser enviado ao Rio de Janeiro.
Segundo o advogado, Cabral "vai cumprir todas as determinações de uma prisão domiciliar, com saídas só sendo permitidas para ir ao médico, para alguma emergência".